A Bancada Federal do Paraná confirmou a destinação de recursos no Orçamento da União de 2026 para o rebaixamento da linha férrea em Sarandi, obra estimada em mais de R$ 700 milhões. A iniciativa, articulada pelo deputado federal Ricardo Barros, marca o início dos trâmites para um projeto que promete transformar a mobilidade urbana da região e fortalecer a integração com Maringá.
O projeto prevê o rebaixamento de 7,5 quilômetros de trilhos que cortam Sarandi, eliminando passagens de nível, reduzindo riscos de acidentes e reorganizando o tráfego entre bairros atualmente divididos pelos trilhos. A obra será custeada integralmente com recursos federais, e o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) iniciará a análise técnica do projeto nos próximos meses.
“É um grande passo para a infraestrutura da cidade e para salvar vidas no trânsito”, afirmou Ricardo Barros. A expectativa é que o rebaixamento facilite a integração urbana e logística, além de valorizar áreas próximas à ferrovia e preparar o trecho para o futuro “Trem Pé Vermelho”, projeto ferroviário de passageiros que ligará Maringá à Londrina. “Este é o trecho mais economicamente viável entre os 10 projetados pelo BNDES para o trem de passageiros”, afirmou Barros.
PLANEJAMENTO
O projeto técnico, custeado pelas associações comerciais de Sarandi e Maringá, será analisado pelo DNIT. A obra será realizada em etapas, exigindo articulação política e acompanhamento técnico. O projeto também prevê que a população acompanhe o andamento das intervenções.
Sarandi é o município com maior projeção de crescimento populacional do Paraná, com aumento esperado de 61% até 2050, segundo o Ipardes, reforçando a necessidade de infraestrutura compatível com a expansão urbana.
“Precisamos preparar Sarandi para este novo ciclo de crescimento. O município é fundamental para a integração e o desenvolvimento da região”, destacou o deputado.
Alexia Alves
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