
Em português, a palavra “parente” abrange todos os membros consanguíneos de uma família: pais, avós, filhos. irmãos, tios, sobrinhos, primos… Porém na origem não é assim. Em latim, “parens, parentis” são apenas o pai e a mãe. Em inglês também: “the parents” são “os pais”. “Father” = pai, mother = mãe, “parents” = pai + mãe.
“Parente” vem do verbo latino “parere”, que em português deu “parir”. Parir é produzir um ser igual, um semelhante, um par. Então “parente” é quem “pare”, aquele e aquela que produzem, geram, criam, dão à luz um ser semelhante, chamado “filho”.
Daí se conclui que a palavra “parente” deveria ser usada no plural (“parentes”), visto que “parir” (gerar um filho) é um ato que envolve duas pessoas: um homem e uma mulher. Mesmo em laboratório há necessidade de se unirem uma “sementinha” masculina e uma “sementinha” feminina.
Trata-se de um fenômeno fascinante, operado pela engenharia da natureza. João + Joana > Joãozinho. Da fusão de dois seres resulta um novo ser, o filho, que futuramente se unirá a outro ser e assim dará sequência infinita ao processo da multiplicação.
João, Joana, Joãozinho e seus descendentes e afins constituem uma família, a instituição fundamental da sociedade. Se até hoje a humanidade não se degringolou completamente, agradeça-se a essa preciosa instituição. Daí a importância de valorizar-se e aperfeiçoar-se cada vez mais a convivência entre as pessoas que formam um lar.
Hoje, apesar da agitação e da complexidade da vida moderna, o bom relacionamento ainda é predominante na maioria das famílias. Contudo é preciso ter muito cuidado, a fim de evitar o risco de contaminação. Pais, mães, professores, líderes religiosos, educadores de modo geral necessitam unir esforços visando a fortalecer as bases da cultura do bem e da paz.
A. A. de Assis
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