
O Núcleo de Maringá cumpriu ontem mandados de prisão e busca e apreensão em quatro cidades da região Noroeste, tendo uma advogada de Sarandi como alvo da Operação Parlatório
Ao todo foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão, outros sete de busca pessoal e um de prisão temporária. O Gaeco (Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado) investiga suspeitos de integrar uma organização criminosa que atua introduzindo aparelhos de celular em estabelecimentos prisionais e na lavagem de capitais. Os mandados judiciais foram expedidos pela 3ª. Vara Criminal de Maringá e foram cumpridos também em Sarandi, Paiçandu e Paranavaí. A ação foi acompanhada pela OAB, pelo fato de ter uma advogada envolvida.
O nome da operação faz alusão aos espaços reservados em unidades prisionais à comunicação entre advogados e detentos. Seriam através desses espaços que os aparelhos de celular estariam chegando às mãos de presos ligados a uma facção criminosa. O cumprimento das medidas judiciais em endereços dos investigados teve a participação da Polícia Penal e da direção da Penitenciária Estadual de Maringá. As investigações tiveram início em setembro último, após o Gaeco receber informações sobre a atuação de uma advogada, que estaria usando suas prerrogativas para entregar celulares em estabelecimentos prisionais da região, ao preço de R$ 5 mil cada aparelho.
As evidências, de acordo com o que foi levantado pelos investigadores, eram de que os aparelhos clandestinos se destinavam a instrumentalizar integrantes do crime organizado. E, por meio desses aparelhos, presos ficavam em contato com o mundo externo, comandando ações criminosas de dentro de suas celas.
Da Redação
Foto – GAECO
