Maringá registrou um recorde na arrecadação de multas de trânsito em 2025. Faltando cerca de 40 dias para o fim do ano, o município já superou a meta anual prevista de R$ 48,8 milhões, alcançando R$ 50,6 milhões até 19 de novembro, valor superior à arrecadação total de 2024, que foi de R$ 48,2 milhões.
Segundo a Secretaria de Mobilidade Urbana (Semob), os motoristas cometeram mais de 370 mil infrações em 2025, uma média de 1.400 por dia, ou uma por minuto nas vias de Maringá.
O secretário de Mobilidade Urbana, Luciano Brito, atribui os números à imprudência dos motoristas. Ele explica que a fiscalização eletrônica cresce 4 a 5% ao ano, acompanhando o crescimento de Maringá, e que muitos registros se devem a velocidades excessivas. Só em 2025, 3.500 infrações foram registradas por veículos acima de 50% da velocidade permitida.
Entre 1º de janeiro e 6 de novembro, os radares flagraram veículos a mais de 130 km/h, sendo o recorde 143 km/h no Contorno Sul (Avenida Prefeito Sincler Sambatti), seguido de 140 km/h no mesmo local, 139 km/h na Avenida Sophia Rasgulaeff e 137 e 136 km/h novamente no Contorno Sul.
O dinheiro arrecadado com as multas é destinado à manutenção da sinalização viária, incluindo semáforos, placas e outros equipamentos, além de treinamento e equipamentos para as polícias responsáveis pela fiscalização e o funcionamento da Junta Administrativa de Recursos de Infrações (JARI).
Os recursos também sustentam conselhos de trânsito, centros de engenharia de tráfego e ações educativas, como campanhas, cursos, palestras e atividades em escolas, reforçando o papel preventivo da fiscalização.
IPVA
Além das multas, Maringá contabiliza atualmente quase 40 mil veículos com IPVA atrasado, representando 19% do total de 214.290 veículos obrigados a pagar o imposto no município. Entre eles, 29.231 não pagaram nenhuma parcela, enquanto 8.190 veículos têm cotas em aberto, ou seja, iniciaram o parcelamento, mas não concluíram o pagamento. No Paraná, mais de 898 mil veículos apresentam algum tipo de pendência com o IPVA de 2025.
De acordo com a Prefeitura, a expectativa era arrecadar R$ 361 milhões com o imposto neste ano, mas até o momento foram recebidos R$ 313 milhões. O chefe do Setor de IPVA, Leonardo Marcon, reforça que a quitação do tributo é fundamental para a emissão do Certificado de Licenciamento do Registro do Veículo (CRLV), documento obrigatório para a circulação. A falta do CRLV é considerada uma infração gravíssima, com penalidades que incluem sete pontos na CNH, multa de R$ 293,47 e risco de apreensão do veículo.
Além das sanções de trânsito, a inadimplência do IPVA pode gerar outras consequências, como impedimento de transferência de propriedade do veículo, dificuldade para obter a Certidão Negativa de Tributos, inscrição do débito na Dívida Ativa do Estado e inclusão do nome do proprietário no Cadin Estadual, gerando restrições a empréstimos e limitações a créditos do programa Nota Paraná.
O pagamento do IPVA pendente pode ser feito pelo Portal IPVA da Receita Estadual, tanto à vista quanto parcelado. Débitos do exercício corrente podem ser parcelados junto às empresas credenciadas, enquanto débitos de anos anteriores podem ser divididos em até 10 vezes.
Alexia Alves
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