O principal alvo da operação deflagrada ontem estava em Maringá, onde as investigações, realizadas ao longo de dois anos, localizaram o “núcleo duro” da organização criminosa
A Polícia Civil e a Polícia Militar do Paraná atuaram em operação conjunta nesta sexta-feira para cumprir 109 mandados judiciais contra uma quadrilha responsável pela movimentação de 1,5 tonelada de drogas por mês no Paraná, São Paulo, Mato Grosso do Sul e Santa Catarina, onde a megaoperação ocorreu simultaneamente. Entre as ordens judiciais, 54 eram de busca e apreensão, 42 de prisão e 13 de bloqueio de contas bancárias, sequestro de bens imóveis e veículos de luxo. A força policial mobilizou cães farejadores e helicópteros, o que garantiu a eficácia da operação. No Paraná, os policiais atuaram em Maringá, Paranavaí, Loanda, Porto São José, São Pedro do Paraná, Santa Isabel do Ivaí, Querência do Norte, Sarandi e Pitangueiras.
Nos outros estados, onde as polícias locais também foram às ruas pela mesma causa, mandados judiciais foram cumpridos em São Paulo (capital), Campinas e Guarulhos (SP); Pouso Alegre (MG), Campo Grande (MS) e São Joaquim (SC). “A organização movimentava um alto volume de entorpecentes, enviando de 100 a 150 quilos de drogas por dia para o estado de São Paulo, especialmente para a cidade Campinas, o que representa mais de 1,5 tonelada de drogas por mês, além de um faturamento milionário com a venda ilícita”, afirma o delegado Leandro Roque Munin, chefe da operação na região de Maringá. Segundo ele, a droga era embalada em malas e entregues a pessoas responsáveis pelo transporte, principalmente via ônibus de linha.
A organização criminosa utilizava estabelecimentos comerciais em Maringá, como lojas de veículos seminovos e tabacarias, para fazer a lavagem do dinheiro auferido pelo tráfico de drogas.
O tenente-coronel Cristian Nogueira, da Polícia Militar do Paraná, destacou a importância da integração no enfrentamento ao crime organizado. “A união de esforços entre as equipes foi determinante para enfraquecer a estrutura da organização criminosa, garantindo ações coordenadas, troca qualificada de informações e apoio mútuo para atingir os principais responsáveis pelo esquema”, disse, lembrando que a Orcrim, alvo dessa operação, teve duas pessoas presas em Maringá em 2023, quando a Polícia localizou um centro de distribuição de drogas.
Da Redação
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