O Aeroporto de Maringá recebeu na semana passada suas primeiras cargas internacionais após a conclusão das pendências regulamentares relativas ao realfandegamento, processo finalizado em junho de 2024. As mercadorias chegaram por via terrestre e seguiram para desembaraço aduaneiro no Terminal Aeroportuário de Cargas de Maringá (Teca), etapa que permite a nacionalização das importações junto à Receita Federal.
Segundo o diretor-presidente do aeroporto, Gustavo Vieira, o avanço é fruto de um esforço intenso que envolveu investimentos de aproximadamente R$ 500 mil em adequações estruturais, operacionais e documentais. “No início do ano, havia mais de 60 pendências apenas com a Anvisa. Esse resultado demonstra dedicação total do aeroporto e da concessionária BHZ, que opera o Teca, para fortalecer o comércio exterior e atrair novos negócios para a cidade”, afirmou.
Na primeira fase das operações, o Teca recebeu cargas importadas da Ásia e da América do Norte, nos segmentos de eletrônicos, informática e metalmecânico. Os volumes desembarcaram inicialmente nos aeroportos internacionais de Curitiba e Viracopos e foram transferidos para Maringá via Declaração de Trânsito Aduaneiro (DTA), por transporte rodoviário, pelas empresas Oderço e Jadon.
A concessionária prevê ainda que, em dezembro, sejam iniciadas as operações de exportação de produtos odontológicos da empresa Maquira para o Oriente Médio e América Latina. Após autorização da Receita Federal, as cargas seguirão para o Aeroporto de Guarulhos por transporte rodoviário.
O Teca oferece regimes especiais, como entrepostagem aduaneira e Depósito Alfandegado Certificado (DAC), além de rotas rodoviárias e aéreas entre Maringá, Guarulhos, Viracopos e Curitiba. Segundo Leonado Coli, executivo da concessionária BHZLOG, isso amplia a capacidade de transporte, acelera processos, reduz custos e riscos operacionais, contribuindo para consolidar rotas cargueiras nacionais e internacionais para a região.
Daniel Maia, diretor de Exportação e Marketing Internacional da Maquira, ressaltou que o movimento fortalece o polo logístico regional e abre novas oportunidades de exportação. “Com o recente alfandegamento, avançamos em nossas estratégias de distribuição internacional e em breve iniciaremos operações de trânsito aduaneiro e exportação direta, garantindo agilidade e eficiência às entregas para mais de 80 países”, completou.
Da Redação
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