
Cerca de 144 mil maringaenses estão com algum tipo de dívida, o que representa aproximadamente um em cada três habitantes da Cidade, segundo levantamento divulgado pelo Serasa. O valor médio das pendências chega a R$ 9.200, acima da média estadual, que é de R$ 7.500, e os consumidores inadimplentes possuem, em média, cinco dívidas registradas.
A inadimplência é mais elevada entre os moradores com idade entre 41 e 60 anos, com 35,4% dessa faixa etária em atraso. Entre os 26 e 40 anos, o índice é de 33,6%, enquanto os maiores de 60 anos apresentam 19,7% de inadimplência. Especialistas apontam que essas pessoas estão em plena fase de consumo e têm compromissos financeiros mais elevados, como financiamentos e cartões de crédito, o que aumenta o risco de atrasos.
O cenário no Paraná é semelhante: 4 milhões e 50 mil pessoas estão endividadas, correspondendo a 44% da população do Estado. Dentre essas dívidas, cerca de 24% estão relacionadas a bancos e cartões de crédito, setores que concentram grande parte do endividamento das famílias.
Para reduzir o risco de complicações financeiras, o recomendado é o planejamento financeiro pessoal, renegociação de dívidas e uso consciente do crédito, além de políticas públicas de educação financeira. Segundo especialistas em finanças, adotar essas estratégias é fundamental para que os consumidores evitem que os juros se tornem insustentáveis e preservem sua saúde financeira.
Uma pesquisa da Fecomércio PR e do Sebrae/PR também aponta como os trabalhadores paranaenses pretendem utilizar o décimo terceiro salário como recursos extras. De acordo com o levantamento, 40,6% dos empregados com carteira assinada no Estado planejam aplicar ou investir o montante, percentual ligeiramente superior aos 39,4% observados em 2024, mantendo essa opção como o principal destino do dinheiro.
O uso do recurso para quitar compromissos financeiros aparece em 27,3% das respostas, ante 26,8% no ano passado, seguido por viagens e turismo, citado por 19,2% dos entrevistados, proporção maior que os 17,7% registrados anteriormente.
Alexia Alves
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