
Maringá voltou a ocupar posição de destaque no cenário nacional ao aparecer entre as melhores cidades do Brasil no ranking As Melhores Cidades do Brasil 2025, elaborado pela Austin Rating em parceria com a VEJA Negócios. A Cidade lidera o grupo de municípios com mais de 200 mil habitantes nos Indicadores Sociais, categoria que reúne dados de qualidade de vida, educação, habitação, infraestrutura e responsabilidade social.
O estudo avaliou todos os 5.570 municípios brasileiros com base no Índice de Inclusão Social e Digital (IISD), que reúne 253 indicadores distribuídos nos eixos Fiscal, Econômico, Social e Digital. Entre os censos de 2010 e 2022, a população local aumentou 15% e hoje se aproxima dos 410 mil habitantes.
No mesmo período, Curitiba, a maior cidade do Estado, cresceu cerca de 1%, o que evidencia o dinamismo demográfico maringaense e sua capacidade de atrair novos moradores.
A educação é outra área em que Maringá mantém desempenho destacado. A Cidade segue entre as sete melhores grandes manchas urbanas do país, segundo o ranking.
O prefeito Silvio Barros atribuiu o resultado à continuidade de políticas públicas e investimentos na rede municipal. Ele lembrou que, há duas décadas, a nota do município no Ideb era inferior a 5, cenário que mudou com a ampliação de programas de formação docente, modernização estrutural e acompanhamento pedagógico.
O estudo também aponta um movimento consistente entre cidades de porte médio do Paraná, que ampliaram sua participação no ranking ao apresentar equilíbrio entre desenvolvimento econômico, transparência administrativa e indicadores de bem-estar.
EDUCAÇÃO
De acordo com o Painel de Receitas e Despesas do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (FUNDEB) do Tribunal de Contas do Paraná, no período de janeiro a setembro, Maringá registrou um total de R$ 103,21 milhões destinados ao FUNDEB, provenientes principalmente de impostos e transferências. A receita total do fundo até o mês em questão foi de R$ 29.854.455,47, sendo o mês de janeiro o de maior arrecadação, com R$ 21,69 milhões.
Um dos pontos mais positivos na aplicação dos recursos é o investimento no corpo profissional da educação. A legislação exige um mínimo de 70% dos recursos (excluindo a complementação VAAT) para o pagamento de profissionais, e Maringá superou essa meta, alcançando R$ 16.862.135,73 liquidados para despesas com pessoal, o que representa 58,63% do total das despesas custeadas com o FUNDEB até o mês.
A gestão financeira de Maringá também aponta um superávit financeiro (recursos não aplicados) que, no momento, está em R$ 11.597.322,13 liquidado (38,85% da receita). Embora a lei estabeleça um máximo de 10% de superávit permitido no final do exercício, o painel demonstra o processo contínuo de aplicação de recursos, incluindo o uso de R$ 5.775.321,56 de superávit permitido de exercícios anteriores.
Em relação aos recursos da Complementação da União – VAAT, destinados à Educação Infantil (mínimo de 50%) e a Despesa de Capital (mínimo de 15%), o painel ainda não registrou aplicações, sugerindo que a destinação deve ocorrer nos próximos meses do ano fiscal.
Alexia Alves
Foto – Reprodução
