O principal articulador do esquema criminoso, que operava a partir de Curitiba, teria fugido para o exterior e já foi incluído na lista vermelha da Interpol
A Polícia Federal deflagrou na manhã dessa quinta-feira em Curitiba a Operação Mors Futuri, com o objetivo de desarticular uma poderosa quadrilha suspeita de movimentar só este ano no Paraná cerca de R$ 1 bilhão por meio de um sistema falso de banco digital. Segundo as investigações, o grupo captava recursos da poupança popular utilizando um suposto “banco digital” e empresas de fachada do setor de tecnologia. Os criminosos atraiam investidores ao oferecer rentabilidade fixa muito acima da média do mercado. O lucro, conforme os operadores do falso banco, viria de operações com algoritmos e inteligência artificial. O esquema retroalimentava uma pirâmide financeira, maneira prática de facilitar o golpe nos investidores.
Agentes da PF cumpriram 11 mandados de busca e apreensão em residências e empresas ligadas aos investigados na Região Metropolitana de Curitiba, bloqueando R$ 66 milhões em ativos financeiros do grupo. O esquema entrou em colapso recentemente quando os responsáveis interromperam os pagamentos aos investidores e passaram a ocultar o patrimônio do grupo. O chefe da quadrilha, que não teve seu nome divulgado, fugiu logo após realizar uma transferência de R$ 10 milhões para uma conta particular.
Da Redação
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