A região de Maringá acompanhou a tendência estadual de queda nos incêndios florestais registrada em 2025. O levantamento da Operação de Combate a Incêndios Florestais (OPCIF), do Corpo de Bombeiros Militar do Paraná (CBMPR), aponta redução de 41,65% nas ocorrências entre junho e outubro, período analisado anualmente pela corporação. No Estado, foram contabilizados 4.811 casos, contra 8.246 no ano anterior, resultado atribuído à maior incidência de chuvas e ao avanço das ações de conscientização da população.
No 4º Comando Regional de Bombeiros Militares (CRBM), responsável por Maringá e municípios vizinhos, foram registradas 810 ocorrências, terceiro maior índice do Paraná. A maior parte dos atendimentos envolve queimadas em terrenos baldios, problema persistente em áreas urbanas e frequentemente associado à falta de manutenção de lotes e ao descarte irregular de resíduos.
Segundo o tenente-coronel Dimas Menegatti, chefe da Seção de Operações do CBMPR, o trabalho conjunto com prefeituras tem ampliado a orientação aos moradores e contribuído para a redução de focos que, apesar de pequenos, podem se alastrar rapidamente.
O relatório também mostra que, embora Curitiba concentre o maior número absoluto de chamados, é o Norte do Estado que lidera os incêndios florestais propriamente ditos. A região atendida pelo 2º CRBM somou 950 ocorrências, impulsionada pela extensa área rural e pela permanência de queimadas ligadas à preparação de solo agrícola. De acordo com Menegatti, mesmo sob fiscalização, esse tipo de prática ainda se transforma em incêndios de grande porte quando as condições climáticas são desfavoráveis.
Com mais de 90% dos incêndios florestais provocados por ação humana, segundo instituições de pesquisa e órgãos ambientais, a prevenção ganhou protagonismo em 2025. Uma das apostas do CBMPR é a cartilha “Turma dos Guardiões da Floresta”, desenvolvida em parceria com a Associação Paranaense de Empresas de Base Florestal (APRE). Atualizado neste ano, o material voltado a crianças de até 10 anos pretende estimular hábitos preventivos que se estendam às famílias e, futuramente, integrar a rede estadual de ensino.
Da Redação
Foto – CMBPR
