
O secretário de Fazenda de Maringá reuniu novamente a imprensa ontem de manhã para divulgar a decisão da Justiça Federal pelo arquivamento de um inquérito da PF contra ele
Carlos Augusto Ferreira disse que sua angústia ao ser acusado por um crime que não cometeu durou 43 dias, até a 23ª Vara Federal de Curitiba reconhecer que a Polícia Federal (PF) se equivocou ao confundi-lo com outro Carlos, o verdadeiro presidente da fintech, suspeita de lavar dinheiro para o PCC. Ao ser apontado pela Operação Mafiusi como envolvido no esquema criminoso, Carlos Augusto se afastou voluntariamente do cargo e foi reintegrado por Silvio Barros antes do arquivamento do inquérito, porque segundo ele, “o prefeito sempre esteve convencido de minha inocência”.
Carlos Augusto disse que teve a ajuda de uma banca de profissionais para provar que a voz gravada em troca de mensagens por celular era de um homônimo e não dele, como havia concluído a Polícia Federal. Apesar do erro da PF, Carlos Augusto voltou a dizer que acredita nas instituições e reconhece a seriedade e competência técnica da instituição. “que é composta por seres humanos, passível de erro”.
Indagado sobre medidas que pretende tomar contra a PF, o secretário disse que o importante é que o erro foi reparado pela Justiça e que se alguma medida de reparação cabe no caso – “e certamente cabe” – essa medida será pedagógica, de caráter administrativo. “Porém, quem avalia essa questão, de forma muito criteriosa, são meus advogados”, concluiu, lembrando que o inquérito conduzido pela Polícia Federal via Operação Mafiusi continua, mas em segredo de justiça.
Da Redação
Foto – GMC
