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Empatia e amor ao próximo

Empatia é a capacidade de se colocar no lugar de outra pessoa, compreendendo seus sentimentos, pensamentos,  criando uma conexão emocional e derrubando julgamentos para oferecer suporte e entendimento, e não apenas simpatia ou pena. É um “mergulho” no mundo do outro, essencial para construir relações mais fortes e resolver conflitos, envolvendo escuta ativa e abertura para a realidade alheia. (IA)

Segundo os dicionários, é capacidade de se identificar com outra pessoa, de sentir o que ela sente, de querer o que ela quer, de apreender do modo como ela apreende, ou ainda faculdade de compreender emocionalmente um objeto, um quadro, por exemplo.

A ideia de compartilharmos estas reflexões, surgiu a partir de uma postagem que mostra um grande estacionamento , com poucos carros estacionados no final, no local mais longe da empresa e o seguinte texto: ‘No Japão, chegar cedo não é apenas questão de pontualidade, é  respeito e consideração. É entender que seu comportamento afeta a vida de todo mundo ao redor. Lá, os funcionários que chegam primeiro estacionam mais longe, deixando as vagas próximas para quem está atrasado. É um gesto simples, mas que carrega um dos valores mais fortes da cultura japonesa: harmonia e cuidado coletivo.

Ninguém perde nada por caminhar alguns metros a mais, mas alguém ganha muito ao conseguir chegar no horário. O mundo melhora quando as pessoas param de pensar só em si mesmas. Não é sobre estacionamento. É sobre consciência. É sobre perceber que pequenas atitudes constroem grandes ambientes. Em muitos lugares, cada um vive como se estivesse sozinho, disputando, empurrando, correndo na frente. E talvez seja por isso que convivemos com tanto caos. Mas o Japão ensina algo simples e profundo: uma sociedade forte não nasce de grandes leis, e sim de pequenos gestos repetidos todos os dias. A pergunta é: você quer viver num país melhor? Então comece sendo a pessoa que faz o certo, mesmo quando ninguém está olhando’.

Lendo sobre a atitude dos japoneses, lembrei daquela cena de torcedores no Mineirão, ao final de jogo, recolhendo o lixo deixado por outros e a comparação com atitudes de brasileiros foi inevitável. Na questão do estacionamento, nem pensar, quem chega primeiro escolhe os melhores lugares. Em Maringá, observo outro fenômeno, onde nos estacionamentos públicos, muitas vezes no lugar onde poderiam estacionar dois carros, um está estacionando de modo que inviabiliza do segundo. Mas é em outras questões, bem mais graves que observamos uma total falta de empatia e, sobretudo, falta de amor ao próximo por pessoas que se dizem cristãs, ‘de Deus’.

Politicamente, entre os que aderiram ao lado A e os que, ou não aderiram ou já eram do outro lado B, vimos campanhas em redes sociais insuflando empresários para que demitissem funcionários por sua ideologia contaria, e boicote a empresas, cujos sócios também fossem.

Absurdo.  Acha certo prejudicar pessoas porque pensam diferente, politicamente, pergunto eu? Ser rotulado de direita ou de esquerda define a capacidade de trabalho de uma pessoa? Você condenaria eternamente ao desemprego, na sua pátria, uma família que não votou em A ou B, ou que tenha cometido o ‘deslize’ de postar ou comentar algo contra o seu preferido? E você é cristão, acredita em Deus, na pátria e na família? Ou se diz progressista?

Cristo resumiu os 10 mandamentos de Deus, segundo Moisés, em: Amar ao próximo como a si mesmo e a Deus acima de tudo. Amar ao próximo é fazer por ele tudo que gostaria que fizesse por nós. E não fazer nada que não gostaria que fizessem conosco. Amar a Deus é fazer pelas criaturas tudo que um pai gostaria que fizessem para seus filhos.

Ore, reze, se tiver uma religião, e certamente será perdoado. Vá e não peques mais, diria Jesus. Se insistir que está certo, aí cabe outra frase: Perdoe, pai, ele não sabe o que faz. Se for ateu ou agnóstico, o caso é para  a psiquiatria, que trata de  psicopatia e não de empatia.

Pense nisso !

Akino Maringá, colaborador
Foto – Reprodução

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