Até o fechamento desta reportagem, Maringá havia alcançado R$ 8,89 bilhões em arrecadação de impostos em 2025, segundo o Impostômetro. O total representa todos os tributos federais, estaduais e municipais pagos pelos cidadãos e empresas locais, sendo que apenas cerca de 18,76% desse valor retorna para o município, enquanto 81,24% seguem para Brasília e Curitiba, correspondendo a aproximadamente R$ 7,2 bilhões “perdidos” para Maringá.
A média de arrecadação mostra que R$ 366 são recolhidos por segundo, cerca de R$ 22 mil por minuto, R$ 1,3 milhão por hora e R$ 32 milhões por dia. Apesar do montante expressivo, o retorno efetivo para a Prefeitura, proveniente de repasses como o Fundo de Participação dos Municípios (FPM), ICMS estadual e impostos municipais, soma apenas R$ 1,7 bilhão até agora em 2025.
O levantamento também compara os números com 2024, quando no mesmo período a arrecadação foi de R$ 10 bilhões, com retorno de R$ 1,9 bilhão para a Cidade.
Em termos de origem, os impostos federais (como IR, IPI, Cofins e PIS) representam o maior volume pago, R$ 7,76 bilhões, mas retornam apenas 7% para Maringá. Já os tributos estaduais (ICMS, IPVA, ITCMD) somaram R$ 1,7 bilhão, com retorno de 23%, e os municipais, como IPTU, ISS e ITBI, retornam integralmente.
O Impostômetro calcula os valores em tempo real, oferecendo uma visão dinâmica da arrecadação e do impacto dos impostos pagos pelos moradores e empresas.
Segundo levantamento do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT) com dados de 2023, Maringá é a 43ª cidade que mais arrecada impostos no País. No Paraná, perde apenas para Curitiba e São José dos Pinhais, arrecadando mais que Londrina, o que a coloca como a cidade do interior que mais arrecada. O dado integra o ranking dos 100 municípios com maior arrecadação de impostos.
Nessa semana, entre as novidades destacadas pelo Executivo municipal esteve a aprovação do aumento da arrecadação do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU), projetada em R$ 393,9 milhões, crescimento de 25% em relação a 2025, quando o imposto arrecadou R$ 313 milhões. Em contrapartida, a previsão de arrecadação do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) é menor, com queda de R$ 68 milhões.
Alexia Alves
Foto – Reprodução
