O município é o terceiro do Brasil com maior valorização de imóveis, de acordo com dados da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), ficando atrás apenas de cidades litorâneas. Além disso, Maringá aparece na 12ª colocação entre os municípios brasileiros mais atrativos para novos investimentos.
O bom desempenho local acompanha o aquecimento do mercado imobiliário brasileiro como um todo. Segundo os Indicadores Imobiliários Nacionais, divulgados pela CBIC em parceria com a Brain Inteligência Estratégica, o setor manteve ritmo de crescimento no terceiro trimestre de 2025, mesmo diante de um cenário de juros elevados.
Entre julho e setembro, o País registrou 108,8 mil unidades lançadas, elevando o total do ano para 307,4 mil imóveis, alta de 8,4% em comparação com os primeiros nove meses de 2024. As vendas também avançaram: foram 101,3 mil unidades no trimestre e 312,2 mil no acumulado do ano, crescimento de 5%.
“A despeito da conjuntura econômica, com a taxa de juros no maior patamar da história recente, o mercado imobiliário brasileiro mostrou mais uma vez sua força e resiliência”, afirmou o presidente-executivo da CBIC, Fernando Guedes Ferreira Filho. Atualmente, a taxa Selic está em 15%, após decisão do Comitê de Política Monetária (Copom).
No recorte regional, o Centro-Oeste apresentou a maior expansão percentual de lançamentos no terceiro trimestre, com alta de 53,5%, totalizando 7.313 unidades. Em números absolutos, o Sudeste liderou, com 59,8 mil lançamentos, enquanto a região Norte foi a única a registrar retração.
No acumulado de 12 meses, o Brasil atingiu um recorde histórico de 433 mil unidades lançadas. “É um número expressivo, especialmente diante do cenário de juros altos. Ele reflete a forte demanda habitacional existente no país”, destacou Ely Wertheim, vice-presidente de Indústria Imobiliária da CBIC.
O Valor Geral Lançado (VGL) chegou a R$ 198,9 bilhões no ano, alta de 22,9%, enquanto o Valor Geral Vendido (VGV) alcançou R$ 188,7 bilhões, crescimento de 13,2%. O programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV) segue como principal motor do setor, respondendo por 47% dos lançamentos e 44% das vendas no trimestre.
O levantamento da CBIC também aponta aumento na intenção de compra de imóveis: 48% dos entrevistados pretendem adquirir um imóvel nos próximos 24 meses. A geração Z lidera esse movimento, com 61% de intenção de compra, sinalizando renovação do perfil dos consumidores.
Da Redação
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