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Saúde confirma casos de malária e leptospirose em Maringá

A Secretaria de Estado da Saúde do Paraná (Sesa) confirmou ontem, 22, três casos importados de malária na Cidade. A pasta enviou 60 ampolas do medicamento Artesunato para Maringá e Londrina, garantindo o tratamento adequado para formas graves da doença.

O secretário estadual da Saúde, Beto Preto, destacou a rapidez na mobilização: “A agilidade em disponibilizar esses medicamentos para os municípios demonstra nosso compromisso com o atendimento imediato aos casos de urgência em saúde”. Ele ressaltou que a estrutura de vigilância epidemiológica do Paraná permite uma resposta rápida e eficiente a qualquer situação de risco à saúde pública.

O Artesunato endovenoso é o tratamento de primeira linha para malária grave e complicada, causada tanto pelo Plasmodium falciparum quanto pelo Plasmodium vivax. A doença, infecciosa e febril, apresenta sintomas como febre alta, calafrios, tremores, sudorese e dor de cabeça, podendo se manifestar de forma cíclica. Casos graves podem evoluir para prostração, alterações de consciência, convulsões, edema pulmonar e hemorragias.

A Sesa esclarece que o Paraná é considerado área livre de transmissão nativa da malária há mais de sete anos. Os casos recentes estão relacionados a pacientes que retornaram de viagem a Angola, país endêmico para a doença. Segundo levantamento preliminar, um dos pacientes está estável, enquanto outros dois apresentam quadro grave. Outros casos suspeitos seguem em investigação conforme protocolos de vigilância epidemiológica.

“Tivemos uma missão religiosa para Angola e parte do grupo que voltou para Maringá teve diagnóstico de malária. Com os casos sendo notificados no Sistema Nacional de Agravos, teremos acesso a mais doses do medicamento e torcemos para que os pacientes possam se recuperar o mais rápido possível”, afirmou Beto Preto.

A Sesa reforça que não há risco de surto ou transmissão local, já que os registros ocorreram em área urbana sem presença do mosquito Anopheles, vetor da doença. O órgão orienta que qualquer pessoa que apresente sintomas procure imediatamente um serviço de saúde e informe o histórico de viagem, pois diagnóstico e tratamento precoces são fundamentais para evitar complicações.

LEPTOSPIROSE

Na 15ª Regional de Saúde de Maringá, em 2025, foram registradas 31 notificações da leptospirose, uma zoonose bacteriana grave, com cinco casos confirmados e um óbito no município de Sarandi. De janeiro a novembro de 2025, o Paraná contabilizou 1.557 notificações de leptospirose. Deste total, 247 casos foram confirmados e 18 evoluíram para óbito.

Segundo Beto Preto, a doença pode ter início silencioso e evoluir rapidamente para quadros graves. “É uma doença que pode matar. Os primeiros sintomas começam de forma repentina e são semelhantes a uma gripe. É necessário ter cuidado e seguir as recomendações, principalmente em caso de inundações, que é quando ocorre o maior risco”, alertou.

Os sintomas da leptospirose costumam surgir entre sete e 14 dias após a exposição. Na fase inicial, a doença provoca febre alta de início súbito, dor de cabeça intensa, dores musculares especialmente na panturrilha, além de náuseas e falta de apetite. Por serem semelhantes aos de uma gripe comum, esses sinais podem retardar o diagnóstico.

Em casos mais graves, a doença pode evoluir para insuficiência renal, icterícia, hemorragias e comprometimento de órgãos vitais. A Sesa reforça que, ao surgirem sintomas após exposição a áreas de risco, a população deve procurar atendimento médico imediato.

Alexia Alves
Foto – Reprodução

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