
Com a chegada do verão, período marcado por temperaturas elevadas e aumento das chuvas, a Secretaria de Saúde lançou ontem, a campanha “Natal Sem Dengue”. A iniciativa visa conscientizar a população sobre a importância da prevenção contra o mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença.
Segundo a secretaria, o calor aliado à água parada e ao descarte inadequado de recipientes cria um ambiente propício para a proliferação do mosquito. O secretário de Saúde, Antônio Carlos Nardi, destacou a necessidade de atenção redobrada durante o período de festas. “O período natalino exige cuidado extra. Com as comemorações, aumenta o descarte de embalagens, tampinhas de garrafas, copinhos descartáveis e garrafas PET, muitas vezes jogados de forma inadequada em quintais e áreas abertas. Esses objetos se transformam rapidamente em criadouros do mosquito, representando um sério risco à saúde pública”, afirmou.
O secretário reforçou que o combate à dengue é uma responsabilidade coletiva e deve ser realizado diariamente. Para intensificar as ações de prevenção, os agentes de combate às endemias vão reforçar as visitas domiciliares e orientar a população sobre cuidados simples, como eliminar recipientes com água parada e manter quintais limpos.
ESTADO
A Secretaria de Estado do Paraná (Sesa-PR) alerta que o Estado e todo o país entram no período mais delicado e é preciso ter ainda mais precaução, apesar da queda do número de casos no Estado. De janeiro a dezembro deste ano foram registrados 617.567 casos da doença, frente a 91.037 no mesmo período de 2024 – redução de 85%, acima da média nacional (74%).
De acordo com o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto, independente disso, é um momento delicado. “Conseguimos vencer o crescimento de casos registrados e óbitos por dengue, mas não há trégua nessa guerra. Um descuido em casa pode ser o fator definitivo para o mosquito. A doença é grave e pode matar”, alerta.
DICAS
Para quem viaja e passa dias fora de casa é muito importante fazer o checklist em todos os ambientes internos e externo para evitar que a água parada, por menor que seja o recipiente, se transforme em um ambiente propício para o mosquito, assim como eliminar possíveis locais de acúmulo de água, caso chova.
Além da dengue, o Aedes aegypti também é transmite a Zika e e a Chikungunya.
Algumas medidas são necessárias, como: tampar caixas d’água, ralos e pias; higienizar bebedouros de animais de estimação e deixar os recipientes de boca para baixo; descartar pneus velhos junto ao serviço de limpeza urbana; se precisar mantê-los, deixe em locais cobertos e protegidos da chuva; retirar água acumulada da bandeja externa da geladeira; limpar calhas e a laje da casa e coloque areia nos cacos de vidro do muro que possam acumular água; colocar areia nos vasos de plantas; descartar todo e qualquer lixo de forma correta, com lixeiras fechadas e fora do ambiente; e verificar quintais e varandas para não deixar nada que possa acumular água. Uma tampinha de garrafa pode ser suficiente para o desenvolvimento de mosquito.
USE REPELENTE
Além dos cuidados com a residência em que a família vai ficar, o repelente é um grande aliado, seja na praia, no campo, nos balneários ou mesmo na cidade. O uso do produto evita o incômodo, a dor das picadas e mantém o mosquito da dengue distante.
Mas nem todos os repelentes são eficazes contra o mosquito da dengue. O setor de vigilância da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa-PR) informa que é preciso ficar de olho no rótulo. O produto dever ter entre 20% e 25% de Icaradina, uma substância encontrada em pimenteiras, e a mais recomendada pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Ela é segura para uso de crianças acima de 2 anos e adultos. O repelente também deve oferecer proteção de até 10 horas.
Outra substância segura que também repele o Aedes aegypti é o DEET. Para ser eficaz, ela precisa ter uma concentração de 10%. A terceira é a IR3535 ou EBAAP. É preciso sempre checar a composição.
Da Redação
Foto – Rafael Macri
