Início Policial “Tô deitado planejando matar três”, diz chefe de grupo de extermínio

“Tô deitado planejando matar três”, diz chefe de grupo de extermínio

José Raylan de Lima, de 26 anos, comandava execuções de rivais pelo Paraná a fora de dentro da cadeia, de onde acompanhava os assassinatos em tempo real pelo celular

De acordo com a Polícia Civil e o Gaeco  o chefe do grupo de extermínio fazia de dentro do presídio até videochamadas para anunciar roteiros das execuções. Numa troca de mensagem entre ele a namorada, o criminoso fala da execução de um rival e a moça diz pra ele perdoar o próximo alvo, porque ela estava com dó do filho da vítima. Raylan  responde: “Quem perdoa é Deus. Se for pensar assim a gente não mata ninguém”. Os investigadores que há tempo trabalham na desmontagem do grupo criminosos capturaram várias mensagens trocadas entre o chefe preso e seus comandados. Numa delas, José Raylan mandou o seguinte recado para os comparsas que estavam do lado de fora: “Tô deitado, planejando matar três pra esses lados aí esta semana. Muito parado kkkk” .  

O delegado Luís Gustavo Timossi, que atuou diretamente na primeira etapa das investigações, afirma que, além de ordenar assassinatos, Raylan acompanhava os crimes virtualmente, exibindo a personalidade de alguém que não dá a mínima para a vida humana. “Ele parecia sentir enorme prazer com as execuções que ordenava” diz o delegado. Raylan assumiu a chefia do grupo após a prisão de Luiz Fernando da Silva, levado para um presídio federal de segurança máxima em dezembro de 2022.

O grupo tem relação com o tráfico de drogas e a ele são atribuídos pelo menos 21 assassinatos e sete tentativas. Todos os crimes ocorreram de janeiro de 2023 a agosto de 2024 na região dos Campos Gerais, tendo como alvos traficantes rivais, usuários que não conseguiam pagar suas dúvidas da compra de drogas e desafetos de grupos rivais.  A avaliação do Gaeco é que o grupo faz parte de uma organização criminosa que atua em todo o Paraná. Dessa organização faria parte um funcionário terceirizado do sistema prisional, encarregado de facilitar a entrada de celulares na cela de Raylan, de onde já foi transferido para um presídio federal de segurança máxima.

Redação JP
Foto – Reprodução

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