
O boletim semanal da Secretaria de Saúde confirmou mais duas mortes por dengue na Cidade, elevando para oito o total de óbitos pela doença em 2025. A informação foi divulgada pelo secretário municipal de Saúde, Antônio Carlos Nardi.
As vítimas são um homem de 94 anos, que faleceu no dia 28 de abril, e uma mulher de 78 anos, que morreu no dia 29 de abril. Ambos tinham comorbidades, o que agravou o quadro clínico. Além dessas confirmações, outras quatro mortes por dengue ainda estão em investigação.
O boletim da 22ª Semana Epidemiológica revela que o município contabiliza 3.413 casos confirmados da doença entre moradores de Maringá, além de 46 casos importados. Do total, 294 pacientes apresentaram sinais de alarme, e 22 foram diagnosticados com dengue grave. O informe aponta também 121 novos casos da doença em relação à semana anterior.
O secretário Antônio Carlos Nardi destacou que as duas mortes ocorreram em abril, e só recentemente tiveram suas causas confirmadas. “Essas duas mortes confirmadas ocorreram em abril, portanto não são óbitos recentes, são óbitos que estavam em investigação.
Ele também ressaltou os esforços contínuos da Prefeitura para conter a dengue, como mutirões de limpeza, força-tarefa para eliminar criadouros e a adoção de novas tecnologias no combate ao mosquito transmissor.
De acordo com o último levantamento do índice predial realizado pelo município, cerca de 80% dos focos do mosquito Aedes aegypti estão dentro das residências. Por isso, o secretário reforça a importância da participação da população no combate à doença: “Todos os 365 dias do ano devemos lembrar que água parada não pode existir em nosso ambiente. Recipientes com água parada se tornam criadouros naturais do mosquito, vetor da dengue. É fundamental eliminar qualquer local que acumule água.”
MEDIDAS
Segundo o 2º Levantamento de Índice Rápido para Aedes aegypti (Lira) de 2025, realizado nos dias 8 e 9 de maio, 80% dos focos de dengue foram encontrados no interior das residências, com os principais focos estando em vasos com água, pratos, recipientes de degelo em geladeiras, bebedouros e outros pequenos dispositivos móveis.
De 1º janeiro a 5 de junho, os agentes de combate à endemia da Secretaria de Saúde visitaram 178.981 casas, mas comentam sobre a dificuldade de serem recebidos nas residências. “Recebam bem os nossos agentes. Precisamos manter os cuidados, inclusive durante a queda nas temperaturas”, destaca o secretário de Saúde, Antônio Carlos Nardi.
A Prefeitura segue aplicando inseticida em áreas de grande circulação de pessoas, como terminais, Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e outros locais, além de mapear os locais de maior risco e de pontos que necessitam de atenção na Cidade.
Além disso, também está sendo implementando o uso de ovitrampas (armadilhas que captam ovos do mosquito) como uma nova metodologia de combate. “Antes, monitorávamos apenas onde havia mosquito. Agora, combinamos essa informação com o número de pacientes confirmados em determinada região, o que nos permite agir diretamente nos pontos mais críticos”, explica o gerente de Zoonoses, Victor Ravaneli.
Da Redação
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