
Muitos duvidam da existência de Deus, como Pepe Mojica, falecido, que disse: ‘Deus não existe, a natureza inventou a vida, que é maravilhosa. Mas todas as coisas vivas estão condenadas a morrer. Para sustentar o motor da vida, ela inventou o amor. Aí está… não haveria vida sem amor.’
Há questionamentos, como de um amigo que postou: ‘Se Deus criou todas coisas, quem o criou’? Não para acreditar em algo ou alguém que nunca se viu, diriam outros. Pesquisando, encontrei um vídeo da cantora Claudia Leite, de autoria desconhecida, com fictício diálogo entre dois bebês no útero materno, que pode nos ajudar na busca pela crença em um Ser Superior, Deus, Inteligência Suprema, causa primária de todas as coisas, segundo resposta dos Espíritos Superiores, a Alan Kardec, para a pergunta do título e sobre vida após a morte:
‘ Um perguntou ao outro: “Você acredita em vida após o parto? O outro respondeu: É claro. Tem que haver algo após o parto. Talvez nós estamos aqui para nos preparar para o que virá mais tarde. Bobagem, disse o primeiro. Não há vida após o parto. Que tipo de vida seria essa?
O segundo disse, eu não sei, mas haverá mais luz do que aqui. Talvez vamos poder andar com as nossas pernas e comer com nossas bocas. Talvez teremos outros sentidos que não podemos entender agora. O primeiro respondeu: Isso é um absurdo. Andar é impossível. E comer com a boca? Ridículo! O cordão umbilical nos fornece nutrição e tudo o que precisamos. Mas o cordão umbilical é muito curto. A vida após o parto logicamente está fora de questão.
O segundo insistiu, bem, eu acho que há alguma coisa, e talvez seja diferente do que é aqui. Talvez a gente não vai precisar mais deste tubo físico. O primeiro respondeu: Bobagem. E além disso, se há mesmo vida após o parto, então por que ninguém jamais voltou de lá? O parto é o fim da vida, e no pós-parto não há nada além de escuridão e silêncio e esquecimento. Ele não nos leva a lugar nenhum.
Bem, eu não sei, disse o segundo, mas certamente vamos encontrar a Mãe e ela vai cuidar de nós. O primeiro respondeu: “Mãe? Você realmente acredita em Mãe? Isso é ridículo. Se a Mãe existe, então onde ela está agora? O segundo disse: Ela está ao nosso redor. Estamos cercados por ela. Nós somos dela. É nela que vivemos. Sem ela este mundo não seria e não poderia existir. Disse o primeiro: Bem, eu não posso vê-la, então é lógico que ela não existe. Ao que o segundo respondeu: Às vezes, quando você está em silêncio, se você se concentrar e realmente ouvir, você pode perceber a presença dela, e pode ouvir sua voz amorosa, lá de cima.’
Há os que se opõem à tese da existência de Deus , prosseguimos nós, com o argumento de que as obras ditas da Natureza são produzidas por forças materiais que atuam mecanicamente, em virtude das leis de atração e repulsão, sob cujo império tudo ocorre, quer no reino inorgânico, quer nos reinos vegetal e animal, com uma regularidade mecânica que não acusa a ação de nenhuma inteligência livre.
Para Kardec, essas forças são efeitos que hão de ter uma causa. São elas materiais e mecânicas, mas são postas em ação, distribuídas, apropriadas às necessidades de cada coisa, por uma inteligência que não é a dos homens. A aplicação útil dessas forças é um efeito inteligente, que denota uma causa inteligente.
A doutrina espírita dá o homem uma ideia de Deus que, com a sublimidade da Revelação, está conforme à mais perfeita e justa racionalidade. Convence-nos da existência do Criador sem necessidade de recorrer a outras provas que não as que provêm da simples contemplação do Universo, onde Deus se revela através de leis sábias e de obras admiráveis que constituem um conjunto grandioso de tanta harmonia e onde há perfeita adequação dos meios aos fins, que se torna impossível não ver por trás de tão portentoso mecanismo a ação de uma Suprema Inteligência.
Para Mojica não haveria vida, que teria sido criada pela natureza, sem amor.
Deus é amor (Ev. João 15:9)
Akino Maringá, colaborador
Foto – Reprodução