A região de Maringá desponta como a mais otimista do Paraná quanto ao desempenho do comércio no segundo semestre de 2025. É o que revela a nova edição da Pesquisa de Opinião do Empresário do Comércio, realizada pela Fecomércio PR em parceria com o Sebrae/PR.
Segundo o levantamento, 37,7% dos empresários maringaenses esperam aumento no faturamento até o fim do ano, o maior percentual entre todas as regiões analisadas, superando a média estadual, que é de 33,5%. O índice também representa avanço expressivo em relação ao primeiro semestre deste ano, quando 29,3% demonstravam expectativas positivas.
Ainda de acordo com a pesquisa, 24,5% dos comerciantes da Cidade acreditam em estabilidade nos negócios, enquanto 19,4% ainda não definiram uma projeção clara. Apenas 18,4% demonstram preocupação com uma possível queda nas receitas.
O levantamento mostra também que 23,5% dos empresários da região pretendem ampliar o quadro de colaboradores neste semestre, e metade planeja manter suas equipes atuais.
O otimismo do empresariado maringaense reflete um movimento estadual mais amplo. No Paraná, o setor de turismo lidera as projeções positivas, com 40,5% das empresas estimando crescimento. Em seguida, aparecem os setores de serviços (35,2%) e varejo (30%). As empresas de pequeno porte são as mais confiantes, com 42,6% prevendo aumento no faturamento.
O coordenador de Desenvolvimento Empresarial da Fecomércio PR, Rodrigo Schmidt, afirma que os empresários estão avançando com foco em melhorias estruturais, optando por investir na qualificação dos negócios em vez de expandir operações ou diversificar atividades.
Segundo ele, essa postura mais conservadora está ligada a fatores como instabilidade política e econômica, além da alta carga tributária. “Os empresários preferem investir na modernização das instalações físicas dos empreendimentos do que aplicar em inovação de produtos ou abertura de novas lojas”, avalia.
INVESTIMENTOS
A pesquisa mostra ainda que 31,7% das empresas paranaenses devem realizar novos investimentos ainda este ano. Entre as prioridades estão a modernização das estruturas, compra de equipamentos, ações de marketing e capacitação de equipes. Um dado que chama atenção é o crescimento da intenção de ampliar estoques, citado por 10,5% das empresas, um aumento de 8 pontos percentuais em relação ao primeiro semestre.
Apesar do ambiente mais favorável, os desafios enfrentados pelos empresários permanecem relevantes. As principais dificuldades apontadas na pesquisa foram a instabilidade política (42,2%), a carga tributária elevada (32,7%) e a instabilidade econômica (32,2%). A escassez de mão de obra qualificada também preocupa 30,6% dos entrevistados, além da dificuldade de acesso ao crédito, citada por 11,7%.
Da Redação
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