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Moradores reclamam de pista emborrachada do Parque do Ingá

A pista emborrachada do Parque do Ingá vem gerando críticas dos frequentadores desde sua entrega em setembro de 2021. Apesar do investimento de cerca de R$ 4 milhões, o piso apresenta desníveis, buracos, pontos sem borracha e trechos em que o material se solta completamente, tornando o espaço perigoso para quem pratica exercícios ou passeia com crianças.

Alessandro Souza Alves, que caminha regularmente no parque, relatou que o local, que deveria ser um atrativo, se tornou um desafio diário. “O que deveria ser incrível, se tornou um pesadelo. Se você se distrai um pouco, seja caminhando ou correndo, é muito fácil levar um tombo. Tem muitos buracos, desníveis, é horrível caminhar ali. O intuito foi bom, mas para praticar exercício, você tem que ficar olhando para baixo o tempo todo para não se machucar”, afirmou.

Já Gabriela Cristina Lima, mãe que frequenta o parque com seu filho, também criticou a pista. “O parque é um local maravilhoso, adoro a feirinha que tem ali e o contato com a natureza, mas simplesmente não dá para andar com o carrinho de bebê. É muito fácil de tropeçar. Além disso, a pista tem tantos buracos que incomoda o nenê”, disse.

Os problemas estruturais começaram a aparecer apenas cinco meses após a entrega da pista, quando uma forte chuva levou parte do material embora. E o Ministério Público (MP) aponta quatro principais irregularidades: erros no projeto arquitetônico, falhas de aprovação, omissão do gestor da obra ao não notificar a empresa para reparar defeitos e conduta ilícita da empresa em relação à solidez e segurança da obra. Com base nisso, o órgão judicial cobra um ressarcimento de R$ 4,247 milhões, acrescido de juros de 1% ao mês desde setembro de 2021.

Uma perícia será realizada por um perito nomeado pela Justiça, e os resultados devem apontar os responsáveis pelos danos e a extensão do prejuízo.

Segundo a Prefeitura, a administração irá avaliar os procedimentos relacionados à pista emborrachada e definirá quais medidas adotar, considerando o processo judicial em andamento. Sobre a perícia, a administração municipal destacou que só se pronunciará dentro do processo e do prazo legal previsto.

O Instituto Ambiental de Maringá, por sua vez, explicou que a empresa foi contratada para realizar estudos e projetos de drenagem no interior do parque e contenção de encostas no Córrego Cleópatra, visando resolver problemas de erosão. Somente após a conclusão dessas etapas será possível tratar dos problemas na parte externa da pista.

Alexia Alves
Foto – Reprodução

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