
Já condenada por improbidade, Cris Lauer insiste em discurso de “perseguição”, mas segundo relatório final os fatos dizem o contrário
A Comissão Processante da Câmara Municipal de Maringá deu parecer favorável à cassação do mandato da vereadora Cris Lauer (Novo). É o que aponta o relatório final sobre o processo de julgamento de infrações políticas e administrativas por parte da denunciada. Amanhã, às 14 horas, os parlamentares votarão, em sessão especial, a permanência ou não da vereadora no cargo Legislativo. São necessários dois terços dos votos dos edis presentes para a cassação do mandato.
O parecer final do relatório foi assinado pelos vereadores Willian Gentil, Sidnei Telles e Maninho, membros da comissão formada após condenação da vereadora em primeira instância por improbidade administrativa.
A Comissão Processante divulgou relatório recomendando a perda de mandato por ato de improbidade administrativa a partir do mesmo conjunto de fatos apresentados anteriormente ao utilizar os serviços de um servidor comissionado (chefe de gabinete) para advogar, em ao menos oito processos particulares.
O relator da comissão, vereador Sidnei Telles, explicou a análise: “A comissão avaliou duas denúncias: improbidade administrativa e quebra de decoro por agressões verbais. Embora as agressões verbais tenham ocorrido, não seriam proporcionais à cassação. Já a improbidade, comprovada judicialmente, configura ato incompatível com o mandato, por isso a recomendação de perda do cargo.”
CONDENAÇÃO
Enquanto tenta emplacar a narrativa de que é perseguida, a vereadora Cris Lauer já foi condenada pela Justiça em ação de improbidade administrativa proposta pelo Ministério Público do Paraná (MPPR). Segundo o Ministério Público, entre o final de 2021 e início de 2022, o advogado nomeado como chefe de gabinete da vereadora atuou em processos particulares causando dano ao erário.
Condenada, a Justiça terminou a devolução de valores aos cofres públicos e o pagamento de multa. Na sentença de 5 de maio de 2025, o juízo da 1ª Vara da Fazenda Pública de Maringá determinou que a parlamentar devolvesse R$ 19,6 mil aos cofres públicos.
A vereadora diz não ter sido oficialmente intimada sobre o conteúdo do relatório: “Não fui intimada ainda e não tenho conhecimento do teor desse relatório. Por enquanto, não vou me manifestar”, respondeu Cris Lauer.  
Da Redação
Foto – Reprodução
            