
A Prefeitura de Maringá já destinou cerca de R$ 72 milhões em desapropriações de terrenos para a implantação da Zona de Processamento de Exportação (ZPE) na Cidade, segundo o Observatório Social de Maringá. Os recursos foram obtidos por meio do empréstimo Financiamento à Infraestrutura e ao Saneamento (Finasa) e serão pagos com dinheiro público, incluindo juros, custeados pelos contribuintes.
De acordo com a Prefeitura, a contratação da operação de crédito foi escolhida por se tratar de um investimento que deve retornar aos cofres públicos quando os terrenos da ZPE forem vendidos para empresas interessadas. O município destacou ainda que utilizar recursos livres, que poderiam ser aplicados em áreas como saúde, educação e segurança, não seria viável neste momento.
As desapropriações estão regulamentadas pelo Decreto nº 385/2025 e envolvem três glebas na região do Ribeirão Pinguim: uma de 57,7 alqueires, no valor de R$ 53,4 milhões; outra de 24,2 alqueires, no valor de R$ 12,5 milhões; e uma terceira de cinco alqueires, no valor de R$ 6 milhões. O total chega a aproximadamente R$ 72 milhões, recursos que já foram aplicados e devem garantir a liberação das áreas para instalação da ZPE.
A desapropriação é o processo pelo qual o poder público transfere um imóvel de propriedade privada para o domínio público mediante indenização, com o objetivo de atender a uma necessidade de interesse público ou social. No caso de Maringá, a medida busca atrair empresas, gerar empregos e fomentar investimentos na Cidade.
Segundo a Prefeitura, a operação de crédito permite que o município realize o investimento sem comprometer recursos destinados ao atendimento da população em áreas essenciais, enquanto os terrenos ainda não são vendidos.
Apesar de a dívida ser paga com recursos públicos e juros, a administração municipal defende que se trata de um investimento estratégico, que terá retorno financeiro futuro e possibilitará novos investimentos em infraestrutura e desenvolvimento local.
Da Redação
Foto – Reprodução