A Prefeitura de Maringá prepara uma série de mudanças no acesso ao Cemitério Municipal, incluindo restrição à entrada de veículos e revistas em carros tanto na entrada quanto na saída. A medida faz parte de um pacote de ações adotadas para enfrentar a crescente onda de furtos de metais e imagens religiosas no local, problema que tem gerado revolta entre os familiares de pessoas sepultadas no cemitério.
Segundo o secretário de Infraestrutura de Maringá, Vagner Mussio, em entrevista à Rede Massa, o novo controle de acesso será necessário diante da dificuldade de conter os crimes, especialmente com a falta de vigilância privada. “Infelizmente, as pessoas boas precisam pagar pelas más. O volume de carros que entra no cemitério é muito grande e isso precisa ser controlado. Vamos começar a revistar veículos na entrada e na saída”.
Além das revistas, a secretaria informou que será necessário aumentar o número de funcionários para realizar esse tipo de abordagem, tanto no portão principal quanto em outras entradas secundárias. A decisão foi tomada após o término do contrato com a empresa que prestava serviços de segurança, deixando a Guarda Municipal como única responsável pelo patrulhamento do espaço. “Estamos tendo uma dificuldade gigantesca”, comentou o secretário.
Os furtos no cemitério têm como alvo principal placas de bronze, puxadores, crucifixos, adornos metálicos e imagens religiosas, que são levados por criminosos interessados em vender o material. Segundo relatos da administração, é comum que as famílias descubram os desaparecimentos apenas dias ou semanas após as ocorrências, durante visitas aos túmulos.
“É uma falta de respeito. Às vezes, quem está roubando tem até parentes sepultados aqui”, lamenta Mussio. Ele destaca que há uma força-tarefa em andamento com os próprios servidores da administração do cemitério, que têm realizado rondas internas para coibir a ação dos criminosos.
Como parte das ações preventivas, a Prefeitura também anunciou a instalação de 32 câmeras de vigilância distribuídas por todo o espaço. Além das câmeras, o local também passará a contar com refletores e iluminação ampliada, para dificultar ações durante o período noturno.
Alexia Alves
Foto – Reprodução
