
Maringá registrou 1.442 pedidos por medidas protetivas de urgência até o final de julho, de acordo com dados do Painel de Violência contra a Mulher do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Dos pedidos feitos na Cidade, 614 já foram concedidas, além de 866 medidas foram autorizadas pelo Judiciário, enquanto 141 foram negadas. Outras 308 foram renegadas, ou seja, revogadas ou anuladas posteriormente. O tempo médio entre o início do processo e a concessão da primeira medida é de seis dias, uma redução importante na resposta institucional às vítimas.
Julho foi o segundo mês com maior número de medidas protetivas protocoladas em Maringá neste ano, totalizando 245 registros. O número é superior aos de junho (156), maio (186), abril (196), março (192) e fevereiro (209), ficando atrás apenas de janeiro, que lidera com 258 medidas.
Em comparação com o ano anterior, os dados indicam a manutenção da alta demanda por proteção judicial. Em 2024, foram contabilizadas 2.351 medidas protetivas no município, incluindo concessões, prorrogações, revogações e indeferimentos, conforme dados do Painel de Violência contra a Mulher do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
CAMPANHA
Diante desse cenário, o Acim Mulher, núcleo da Associação Comercial e Empresarial de Maringá (ACIM), lançou na última semana a campanha “Até Quando?”, voltada à conscientização e enfrentamento da violência contra a mulher no município. A iniciativa tem o apoio da Secretaria de Políticas Públicas para Mulheres e do 4º Batalhão da Polícia Militar.
A campanha pretende ampliar o diálogo com a sociedade e fortalecer os canais de apoio às vítimas. Um dos principais eixos da ação é a fixação de adesivos informativos em banheiros de estabelecimentos comerciais, bares, restaurantes, academias e outros pontos estratégicos, criando ambientes seguros para que mulheres em situação de risco possam pedir ajuda de forma discreta.
Também são reforçados os canais de denúncia: Disque 180 (Central de Atendimento à Mulher), 153 (Guarda Municipal) e 190 (Polícia Militar).
BOTÃO
Paralelamente, a Prefeitura de Maringá publicou edital de licitação para a contratação de uma empresa especializada em fornecimento de Sistema Integrado de Emergência destinado à proteção de mulheres em situação de violência doméstica e familiar, os conhecidos “botões do pânico”.
A proposta inclui licença de uso de software de gestão, suporte técnico e dispositivos portáteis de emergência, com valor máximo de R$ 192.975,12. A abertura da disputa está marcada para o dia 11 de setembro de 2025, às 8h30 e contrato prevê o fornecimento de 30 dispositivos de emergência portáteis, resistentes à água e poeira, com certificação IP67, ampliando as ferramentas de proteção e resposta rápida para mulheres sob medida protetiva. 
Alexia Alves
Foto – Reprodução
            