
A campanha nacional de vacinação contra o HPV tem apresentado resultados positivos em Maringá. Segundo dados da Secretaria de Saúde, das 3.380 meninas de 15 a 19 anos que ainda não haviam recebido a vacina na idade preconizada, 2.400 já compareceram às salas de vacinação do município.
Além disso, desde março, 95 adolescentes que estavam com o esquema vacinal em atraso foram resgatadas e imunizadas graças à busca ativa realizada pelas equipes de saúde.
Segundo o secretário de Saúde, Antônio Carlos Nardi, as vacinas já antecipam as campanhas do próximo mês, Outubro Rosa, voltado ao combate do câncer de mama. “No mês que vem, estaremos justamente celebrando o mês sobre a prevenção e promoção da saúde da mulher, do câncer de mama e do câncer de colo serviço uterino, que ainda mata mulheres, e a vacina contra o HPV previne justamente isso”.
Para receber o imunizante, basta procurar uma unidade de saúde do município, levar um documento pessoal e a carteirinha de vacinação e para menores de 18 anos, é necessário estar acompanhado dos pais ou responsáveis.
NACIONAL
A mobilização nacional contra o HPV foi ampliada pelo Ministério da Saúde e seguirá até dezembro. O objetivo é alcançar cerca de 7 milhões de adolescentes entre 15 e 19 anos que perderam a oportunidade de se vacinar na faixa etária ideal, entre 9 e 14 anos. Para facilitar o acesso, a vacina está sendo ofertada não apenas nas unidades básicas de saúde (UBSs), mas também em escolas, universidades, ginásios e shoppings.
O Ministério reforça que a vacina é segura e eficaz na prevenção de diversos tipos de cânceres causados pelo papilomavírus humano, como os de colo do útero, vulva, pênis, garganta e pescoço. Segundo a pasta, a cobertura vacinal entre meninas de 9 a 14 anos no Brasil chegou a 82% em 2024, número considerado acima da média global, que é de 37%. Entre os meninos da mesma faixa etária, a cobertura foi de 67%.
Desde 2023, o Brasil passou a adotar o esquema de dose única contra o HPV para crianças e adolescentes entre 9 e 14 anos. A mudança segue orientações internacionais e tem como meta eliminar o câncer de colo do útero até 2030. Para pessoas imunocomprometidas, como pacientes com HIV/aids, câncer ou transplantados, o esquema segue com três doses. A mesma recomendação vale para usuários de PrEP e vítimas de violência sexual com idade entre 15 e 45 anos.
Muitas vezes assintomática, a infecção pode permanecer latente por anos. Por isso, especialistas alertam para a importância da vacinação precoce como forma de prevenção e proteção de longo prazo.
Da Redação
Foto – Reprodução