
Maringá se destaca entre os municípios com melhor desempenho fiscal no Estado, segundo o Índice Firjan de Gestão Fiscal (IFGF) de 2024. Com um índice geral de 0,783, a Cidade se enquadra na categoria de boa gestão fiscal.
O IFGF avalia a saúde fiscal de mais de 5 mil municípios brasileiros, considerando quatro indicadores principais: autonomia financeira, gastos com pessoal, liquidez e investimentos. Maringá obteve 1.000 pontos no indicador de autonomia financeira e 0,8241 pontos no indicador de gastos com pessoal.
Além disso, o indicador de liquidez do município ficou em 0,7816 pontos e o indicador de investimentos teve um desempenho de 0,5194 pontos, um valor positivo.
Já o Paraná fechou 2024 com uma média de 0,7910 pontos no IFGF, o que representa um desempenho 21,1% superior à média nacional, de 0,6531 pontos.
Um total de 344 municípios paranaenses (93,5% das prefeituras) terminaram o ano com indicadores classificados como boa ou excelente. Apenas 23 cidades (6,3%) enfrentaram dificuldades fiscais, e uma, Campo Magro, teve um resultado crítico.
Apesar dos bons resultados, o presidente da Firjan, Luiz Césio Caetano, alerta para os desafios futuros. Ele ressalta que o desempenho fiscal de 2024 foi influenciado por um cenário econômico favorável e por um aumento nos repasses de recursos, mas isso não garante que a situação se mantenha estável no futuro. “Mesmo com maior folga fiscal, continuamos com uma parcela significativa de cidades em situação desfavorável, o que evidencia desigualdades históricas e mantém o Brasil distante de um patamar elevado de desenvolvimento”, afirmou Caetano.
O gerente de Estudos Econômicos da Firjan, Jonathas Goulart, reforça que, diante do quadro geral apresentado pelo IFGF, reformas são essenciais para tornar a gestão municipal mais eficiente para o desenvolvimento do país. “Entre os principais pontos que precisam ser considerados estão os critérios de distribuição de recursos, que necessitam de revisão para incluir regras que estimulem os gestores públicos a ampliarem a arrecadação local e que garantam qualidade no gasto público. A reforma administrativa para permitir a flexibilização do orçamento e a otimização das despesas de pessoal também é uma questão de extrema importância, além de outras que destacamos no estudo”, diz Goulart.
Alexia Alves
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