O oficial Alexandro Marcolino Gomes é suspeito de usar o cargo de comandante da 3ª. Companhia da PM em Loanda, para exigir e receber propinas de empresas que mantinham contratos de prestação de serviços com a corporação. De acordo com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado as investigações tiveram início em setembro de 2024, a partir de notícias de suspeitas envolvendo o comandante e outros policiais da corporação. Foi apurado que o major operava um esquema sistemático de propinas em troca de contratos ou concessão de serviços à Polícia Militar na área sob sua jurisdição.
Major Alexandro chegou a ser preso no início das investigações e passou a cumprir prisão domiciliar em Maringá, onde reside. Por ordem judicial ele foi para o regime fechado, após o Gaeco reunir provas consistentes do seu envolvimento no esquema de corrupção, inclusive na condição de chefe do grupo criminosos. Entre os delitos investigados consta a cobrança de propina da empresa que fornecia camisetas para o 3º Torneio de Pesca organizado pela 3ª. Companhia, que o tinha como comandante. Em outras ocasiões os contratos de prestação de serviço também eram condicionados ao pagamento de propina. Além da prisão, a Justiça determinou o bloqueio de contas, veículos e imóveis do oficial, avaliados em mais de R$ 350 mil.
A ação do Gaeco, comandada Pelo Ministério Público do Paraná e com apoio da Corregedoria da PM do Estado, fez parte da Operação Transparência, desdobramento da Zero Um. De acordo com o Portal da Transparência do Governo do Estado, o oficial recebe um salário bruto de R$ 31.580,75, mas por conta das propinas seus vencimentos subiram para mais de R$ 300 mil entre dezembro de 2024 e agosto de 2025.
Da Redação
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