Início Maringá Escolas particulares poderão ter reajuste de 12% na mensalidade

Escolas particulares poderão ter reajuste de 12% na mensalidade

As mensalidades das escolas particulares de Maringá podem sofrer um reajuste de até 12% em 2025, segundo estimativas do Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino do Noroeste do Paraná (Sinepe).

A previsão é que o aumento fique entre 9% e 12%, dependendo de fatores como o índice de inflação, o aumento nos custos de energia elétrica, salários e insumos. A variação nos preços tem gerado preocupação entre pais e responsáveis, que aguardam as novas mensalidades para o próximo ano.

Em 2023, o reajuste foi de 9,3%, e para 2024 o aumento previsto foi de 9,5%. Já para 2025, o cenário aponta para uma alta mais significativa, com valores que podem chegar a até 12%, de acordo com o Sinepe.

A Lei nº 9.870/1999, que regulamenta o reajuste das mensalidades, estabelece que as instituições de ensino devem comunicar os novos valores com antecedência mínima de 45 dias em relação ao prazo final para a matrícula dos alunos. Portanto, a partir deste mês, as escolas particulares de Maringá devem começar a informar os reajustes para 2025.

O Procon Paraná também alertou sobre os direitos dos consumidores em relação às taxas e cobranças feitas pelas escolas. As instituições não podem exigir taxas adicionais nem pedir aos alunos materiais de uso coletivo, como papel higiênico, produtos de limpeza e canetas para quadro branco. Todos esses custos devem ser contemplados no valor da mensalidade ou anuidade.

Além disso, o órgão reforçou que as escolas não têm permissão para obrigar os alunos a adquirir materiais de uma marca específica ou indicar o local de compra, permitindo que os responsáveis busquem as melhores opções no mercado.

A matrícula, que normalmente é paga no início do ano letivo, deve ser descontada do valor da anuidade ou semestralidade, podendo ser considerada uma das parcelas do pagamento. Essa prática garante que o valor pago no momento da matrícula não seja um custo adicional, mas sim um crédito dentro do total a ser pago ao longo do ano.

Para Claudia Martinez Souza, mãe de duas alunas em escolas particulares, o reajuste já pesa no bolso. “O problema é que a mensalidade vai nas alturas, mas o nosso salário não. Já vou me preparando para o começo do ano, com as milhares de taxas, além de material e uniforme”, comentou.

Alexia Alves
Foto – Reprodução

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