
Moradores da Avenida Senador Petrônio Portela, uma das regiões com maior concentração de bares em Maringá, têm relatado problemas recorrentes com barulho excessivo e aglomerações, principalmente nos finais de semana e à noite. Segundo relatos, a intensidade do som ultrapassa os limites legais, prejudicando a rotina e o descanso da população local.
“É um barulho insuportável e praticamente todos os dias. Entendo que todo mundo quer curtir e se divertir, mas há dias em que é simplesmente impossível suportar tanta gritaria e música alta, além do pessoal que fica passando de um lado para o outro na avenida. Vejo a polícia passando em vários momentos, mas não sinto que intimida realmente ninguém”, comentou Antonella Castro Schmidt, moradora da região.
Para Ingrid dos Santos Ramos, frequentadora dos bares na avenida, o barulho é alto, mas nada que se diferencie do que o registrado em outros locais da cidade, como a Zona 7 ou a Avenida Herval. “É um barulho alto mesmo, é muita música e muitos jovens falando ao mesmo tempo, entendo as reclamações, mas de quem seria a culpa? Todos estão ali para se divertir, ninguém tem a intenção de perturbar”, comentou.
De acordo com a legislação vigente, o volume máximo permitido de som durante o dia varia entre 55 e 70 decibéis, dependendo do local e da situação, enquanto à noite não deve ultrapassar 60 decibéis. No entanto, moradores afirmam que o barulho nos finais de semana chega a 95 a 100 decibéis, especialmente provocado por veículos com som alto e motocicletas com escapamentos adulterados.
Em setembro deste ano, a Polícia Militar, a Guarda Civil Municipal e a Secretaria de Mobilidade Urbana (Semob) realizaram uma operação conjunta na Avenida Petrônio Portela com o objetivo de reduzir aglomerações e controlar o excesso de barulho.
De acordo com o tenente Leonardo, da Polícia Militar, a ação visou preservar o uso da via pública diante dos recorrentes episódios de interdição causados por grupos de pessoas. “Nosso foco é coibir veículos com som alto e motocicletas adulteradas com escapamentos abertos, que acabam prejudicando a população do entorno, além de garantir a circulação segura de pedestres e motoristas”, explicou.
Em nota, a Secretaria de Segurança informou que tem realizado operações periódicas no local, por meio da Guarda Civil Municipal e Diretoria de Operações no Trânsito. Além disso, por meio das Ações de Fiscalização Integradas (Aifus) há esforço conjunto da Polícia Militar, Guarda Civil Municipal, Secretaria da Fazenda (Sefaz) e Instituto Ambiental de Maringá (IAM). As Aifus ajudam a conter aglomerações e poluição sonora. O município reforça que reclamações e denúncias podem ser feitas por meio do 153.
Alexia Alves
Foto – Ingrid Ramos
