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Cidade é 2ª do Paraná com mais casos do golpe do falso advogado

Maringá ocupa a segunda posição no ranking de denúncias do golpe do falso advogado no Paraná, ficando atrás apenas de Curitiba. Segundo dados da Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Paraná (OAB-PR), a capital registrou 338 casos, enquanto Maringá teve 63, Londrina 58 e Cascavel 27.

O golpe do falso advogado é um tipo de fraude que tem se tornado cada vez mais comum no Brasil. Criminosos se passam por advogados ou funcionários de escritórios jurídicos, utilizando informações verdadeiras, como nomes, fotos, registros da OAB ou até dados sobre processos judiciais, para enganar, ameaçar e extorquir dinheiro de vítimas.

Durante a sessão do Conselho Pleno da OAB Paraná, realizada na sexta-feira (7 de novembro), foi aprovada a propositura de uma Ação Civil Pública (ACP) para combater essa fraude digital. O golpe tem causado prejuízos financeiros e morais, tanto a advogados quanto a cidadãos, abalando a confiança da sociedade no sistema de Justiça.

A ACP foi elaborada com base em parecer técnico das Comissões de Defesa das Prerrogativas Profissionais e de Inteligência e Combate ao Golpe do Falso Advogado. O documento defende a responsabilização estrutural da Anatel e da União por falhas na fiscalização e regulação, e de forma subsidiária, da Meta/WhatsApp, pela ausência de mecanismos eficazes de identificação e bloqueio de contas falsas.

O relator da proposta, Leandro Pereira, coordenador da Comissão de Inteligência e Combate ao Golpe do Falso Advogado, destacou a gravidade da situação: “O golpe do falso advogado é uma afronta à advocacia e à confiança da sociedade. Não estamos falando apenas de perfis falsos, mas de um crime que se alimenta da facilidade de acesso a dados e da omissão das plataformas digitais. A OAB Paraná está reagindo com firmeza: queremos responsabilização e medidas concretas para proteger a identidade dos advogados e a segurança dos cidadãos.”

A proposta da OAB Paraná prevê que a Anatel e a União adotem medidas estruturais, como validação biométrica e recadastramento de linhas telefônicas, com o objetivo de aumentar a segurança das comunicações digitais.

Para a Meta/WhatsApp, o Conselho exige ações preventivas, incluindo bloqueio automático de contas suspeitas, canal prioritário de denúncias e campanhas educativas para alertar a população sobre o golpe.

Da Redação
Foto – Reprodução

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