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O espírito, este desconhecido

Este é o título de um livro, do escritor francês Jean Charon, cuja leitura nos foi sugerida pelo jornalista Donizete Oliveira, em artigo publicado no Blog do Rigon, cujo teor assim resumimos:

      A sugestão de ler o livro veio de uma breve fala do médium Laércio Fonseca, Gosto de assuntos que tratam de metafísica. Coisas que a gente ainda não compreende bem, mas busca respostas. O assunto que envolvia física quântica, e livro trata disso.

      Nas páginas iniciais, o autor cita Santo Agostinho: “O mundo é tal como ele nos parece, feito de coisas que não aparecem”. Para ele, física e metafísica são disciplinas complementares que contribuem para o conhecimento do Universo. Mas só fazem sentido se matéria e espírito fizerem parte dos métodos de pesquisas e das linguagens destes dois ramos do conhecimento. Charon diz que o espírito está imerso em boa parte das teorias físicas, mas nem sempre lhe dão importância.

      Afirma que a maioria dos cientistas se ocupou em “refutar Deus” e minar a credibilidade da metafísica, se distanciando de qualquer tese de natureza espiritualista. Não é fácil detalhar explicações e teorias de “O espírito, este desconhecido” nesta breve resenha.  Nele há informações valiosas que suscitam reflexões. (…)’.

      Prossigo, eu, Akino, antes de citar Santo Agostinho, explicando que quando falamos de Espírito ou de Alma, estamos falando do mesmo. Alan Kardec, que foi o codificador da Doutrina Espírita, ensinou-nos que somos uma Alma, quando estamos encarnados ( num corpo físico) e um Espirito, após a morte física, continuando a vida no Mundo Espiritual.

     Santo Agostinho é um dos principais propagadores do Espiritismo, pois suas ponderações podem ser encontradas nas obras básicas da codificação. Filósofo cristão, que faz parte da robusta linha dos Pais da Igreja, após uma transformação interior que o levou a perceber que a verdadeira felicidade estava distante dos prazeres efêmeros.

      Foi, como dito, é um dos Espíritos que participaram da codificação espírita e definiram   espírito como um ser  inteligente da criação. Que os Espíritos ´povoam o universo, fora o mundo material.   São obra de Deus, exatamente qual a máquina o é do homem que a fabrica. E prosseguiram, respondendo a Alan Kardec, por intermédio de médiuns confiáveis: Os Espíritos   são a individualização do princípio inteligente, como os corpos são a individualização do princípio material. A época e o modo por que essa formação se operou é que são desconhecidos’.

       Deus os cria, como a todas as outras criaturas, pela sua vontade. Mas a origem deles é mistério.” O Espíritos são imateriais, porque sua essência difere de tudo o que conhecemos sob o nome de matéria.  É a matéria quintessenciada, mas sem analogia para os homens, e tão etérea que escapa inteiramente ao alcance dos seus sentidos.” O Espírito é uma flama ou uma centelha etérea. Sua cor pode variar do escuro ao brilho de um rubi, de acordo com a sua menor ou maior pureza.

      O perispirito é o envoltório do Espírito. Aos olhos humanos seria uma substancia assaz vaporosa,  para poder elevar-se na atmosfera e transportar-se aonde queira.”
Envolvendo o gérmen de um fruto, há o perisperma, do mesmo modo, um envoltório que, por comparação, se pode chamar perispírito, envolve o Espírito propriamente dito.

      Concluindo, Espíritos somos todos e nos apresentamos com a forma do períspirito, que é o corpo espiritual, o envoltório que serve de liame , o laço que une ao corpo físico, cumprindo o papel de órgão sensitivo, pelo qual a consciência recebe as impressões físicas, além de ser o agente transmissor pelo qual o Espírito comanda os movimentos corporais.

      Parece confuso, e é. Resumindo: Somos  um Espirito que tem um corpo, que podemos chamar de nosso, e não um corpo que tem um Espírito, pois somos o próprio.  O Espírito, nasce, morre, renasce, morre, até atingir a perfeição ( ‘salvar-se’). Desconhecido? Conhece-te a ti mesmo, recomenda-nos Sócrates.

Akino Maringá, colaborador
Foto – Reprodução

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