
Moradores da Vila Santo Antônio tiveram uma surpresa preocupante ao descobrir mais de 300 escorpiões amarelos em uma residência. Segundo relatos, o alto número de animais peçonhentos está ligado a um terreno baldio ao lado da casa, onde os escorpiões se reproduziram em grande quantidade. Os animais estavam escondidos atrás de um muro com parede.
De acordo com o Centro de Informação e Assistência Toxicológica (CIATox) do Hospital Universitário da Universidade Estadual de Maringá (HU-UEM), a Cidade vem registrando um aumento expressivo nos acidentes envolvendo animais peçonhentos em 2025. Entre janeiro e agosto, foram contabilizados 1.004 casos, sendo 767 causados por escorpiões. A previsão é que o ano feche com um aumento de cerca de 35% em relação a 2024.
A coordenadora do CIATox, Márcia Guedes, alerta que o crescimento nos casos é significativo. “Entre janeiro e dezembro de 2024, tivemos 1.393 acidentes com animais peçonhentos, sendo 842 por escorpiões. Em 2025, observamos um acréscimo de cerca de 100 casos mensais. É um dado que preocupa e exige reforço nas ações de prevenção”, afirmou.
Dentro de casa, o cuidado deve ser constante. Verificar sapatos, roupas de cama e colchas antes do uso pode evitar picadas. Vedação de ralos e caixas de gordura também ajuda a impedir a entrada dos escorpiões, que podem subir por encanamentos, inclusive em andares altos.
Os sintomas das picadas variam conforme a gravidade. Casos leves apresentam dor e dormência no local; os moderados podem incluir dor intensa, vômitos, suor excessivo, taquicardia e hipertensão; enquanto os graves podem causar dor intensa, vômitos contínuos, pulso lento, falta de ar e choque, podendo ser fatais, especialmente em crianças menores de sete anos e idosos acima de 60.
A orientação é lavar imediatamente o local da picada com água e sabão, capturar o animal com segurança em um recipiente fechado para identificação e procurar atendimento médico sem demora. O soro antiescorpiônico deve ser utilizado apenas em casos moderados ou graves, conforme avaliação profissional.
O CIATox de Maringá atende presencialmente no Hospital Universitário da UEM e também oferece orientação por telefone pelos números (44) 3011-9431 ou (44) 3011-9127, reforçando a importância da informação e prevenção para reduzir acidentes com animais peçonhentos.
Da Redação
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