
O Procon de Maringá deve notificar, ainda nesta semana, a Companhia Paranaense de Energia (Copel) para que a concessionária retire, no prazo máximo de 30 dias, toda a fiação solta presente nos postes. A decisão ocorre após a morte de um motociclista de 39 anos na última sexta-feira (28), atingido por fios enquanto trafegava pela Avenida Joaquim Duarte Moleirinho, e gerou reclamações de diversos motociclistas.
Segundo informações confirmadas pela Prefeitura, o problema é recorrente. Somente em 2025, o Procon já emitiu 449 notificações à Copel relacionadas a fios soltos. Desse total, 363 foram atendidas ou respondidas, enquanto 86 permanecem dentro do prazo para resolução. A concessionária é responsável por fiscalizar e notificar empresas de telefonia e internet que utilizam os postes por meio de cessão de espaço.
A irregularidade, porém, não surgiu este ano. Em 2022, a Copel chegou a ser multada em R$ 4,7 milhões pelo mesmo motivo. Na época, apresentou um cronograma de regularização, mas, três anos depois, o processo ainda não foi concluído.
Entre 2023 e 2024, a empresa enviou relatórios de ações como a retirada de materiais irregulares, notificações a operadoras e novos cronogramas de execução. Fiscalizações do Procon, entretanto, identificaram pendências, o que levou à solicitação de novas comprovações. O órgão municipal acompanha a evolução dos trabalhos e prevê que o processo seja reavaliado em janeiro de 2026.
Em nota, a Copel lamentou o acidente e afirmou seguir “todas as normas regulamentadas em lei”. A concessionária esclareceu que, no local da ocorrência, houve rompimento de um cabo pertencente a uma empresa de telefonia que utiliza o poste mediante aluguel. Segundo a companhia, 1.414 notificações foram emitidas em 2025 por irregularidades envolvendo cabos de telefonia e dados. A Copel reiterou que a responsabilidade direta pela manutenção desses cabos é das operadoras, enquanto sua atuação se concentra na fiscalização e gestão do compartilhamento dos postes.
Da Redação
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