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Saúde quer zerar fila de espera com aporte financeiro de Ministério da Saúde

Maringá poderá receber até R$ 20,4 milhões do Ministério da Saúde para a realização de mutirões e a ampliação de atendimentos em consultas especializadas, exames e cirurgias, com o objetivo de zerar as filas de espera da rede pública municipal, atualmente uma das principais demandas da área da saúde.

O secretário de Saúde, Antônio Carlos Nardi, viajou à Brasília ontem, 15, para apresentar a solicitação oficial ao governo federal e afirma que o município já concluiu todo o levantamento técnico necessário e está preparado para receber os recursos.

Segundo ele, todas as demandas foram levantadas em conjunto com o Conselho Municipal de Saúde e a Regional, e o município possui instrumentos, portarias e deliberações aptos para receber os recursos até o dia 30 de dezembro.

De acordo com a Secretaria de Saúde, Maringá encerra o mês de dezembro com uma demanda reprimida de aproximadamente 72 mil procedimentos, incluindo consultas, exames e cirurgias de média e alta complexidade, o que justifica o valor solicitado, já que a garantia total ou parcial desses recursos permitirá facilitar os investimentos municipais e dar vazão à execução dos atendimentos.

A proposta do Ministério da Saúde prevê que os procedimentos realizados com esse aporte sejam executados em até 12 meses, acelerando o acesso da população aos serviços especializados e reduzindo o tempo de espera de pacientes que aguardam há meses.

Em setembro, a Secretaria de Saúde apresentou o 2º Relatório Detalhado do Quadrimestre Anterior de 2025, que apontou crescimento significativo nos investimentos do setor, com os recursos destinados à saúde passando de R$ 793 milhões para R$ 883 milhões entre janeiro e agosto, conforme atualização da Lei Orçamentária Anual.

Desse total, R$ 609 milhões foram aplicados em serviços de média e alta complexidade, atenção básica, administração geral, vigilância em saúde e encargos especiais. Nardi destacou que, desde o início do ano, o município tem ampliado parcerias com os governos federal e estadual para garantir recursos e assegurar o atendimento que a população maringaense precisa.

Caso o repasse seja confirmado, a expectativa é reduzir significativamente o tempo de espera, desafogar a rede pública e ampliar a capacidade de atendimento, especialmente nas especialidades mais procuradas, enquanto a decisão final sobre a liberação dos recursos deve ocorrer nos próximos dias, após análise do Ministério da Saúde, com o município já preparado para iniciar os mutirões assim que o dinheiro estiver disponível.

IMPLANON

De acordo com a Secretaria de Saúde, a Cidade recebeu 1,5 mil unidades do implanon, implante contraceptivo disponibilizado pela rede pública, e capacitou 20 profissionais para realizar o procedimento. O dispositivo age impedindo a liberação do óvulo, apresenta índice de eficácia de cerca de 99% e tem duração de até três anos. Na rede privada, o custo médio de cada chip chega a aproximadamente R$ 3 mil, o que reforça a importância da oferta gratuita pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Nardi explica que mulheres com idade entre 15 e 49 anos que tenham interesse no método contraceptivo devem procurar a UBS de referência para receber orientações e realizar o agendamento do procedimento. Segundo ele, os primeiros implantes já começaram a ser realizados no município.

Alexia Alves
Foto – Reprodução

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