
Maringá ocupa a segunda posição no ranking do Detran-PR em arrecadação com multas de trânsito, ficando atrás apenas de Curitiba. A Prefeitura estima que, em 2026, o município arrecade cerca de R$ 60 milhões com infrações, o maior valor já projetado na história local e também a maior previsão de arrecadação entre os municípios do interior do Estado.
Em 2025, a cidade já arrecadou R$ 54 milhões, superando toda a arrecadação de 2024, quando foram somados R$ 48,2 milhões, de acordo com dados do Portal da Transparência. No ano passado, 465 mil autos de infração foram emitidos aos condutores de Maringá. A estimativa inicial para 2025 era de R$ 48,8 milhões, valor que já foi superado antes do fechamento do ano.
O crescimento da arrecadação acompanha o aumento da frota local: Maringá ultrapassou 355 mil veículos com registro ativo, consolidando-se como a terceira maior frota do Paraná. Apenas em 2025, foram registradas 371.424 multas, sendo as infrações mais recorrentes o avanço de sinal vermelho e o excesso de velocidade.
O secretário de Mobilidade Urbana, Luciano Brito, atribui os números à imprudência dos motoristas. Ele explica que a fiscalização eletrônica cresce 4 a 5% ao ano, acompanhando o crescimento de Maringá, e que muitos registros se devem a velocidades excessivas. Só em 2025, 3.500 infrações foram registradas por veículos acima de 50% da velocidade permitida.
No comparativo estadual, Curitiba lidera com ampla vantagem, registrando cerca de 950 mil multas de janeiro a novembro e previsão de arrecadar R$ 194 milhões em 2026. Em seguida vem Maringá, com aproximadamente 317 mil infrações no mesmo período. Outras cidades do interior também apresentam números expressivos: Londrina com 219 mil multas e previsão de R$ 35 milhões, Foz do Iguaçu com 208 mil, Cascavel com 201 mil e Ponta Grossa com 194 mil autuações.
Alexia Alves
