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Adolescência, vivência, experiência e …

Adolescência é uma fase crucial de transição entre infância e vida adulta, marcada por intensas transformações físicas (puberdade), psicológicas (formação da identidade, pensamento abstrato) e sociais, durando aproximadamente dos 10 aos 19 anos (OMS) ou até mais, dependendo da definição, sendo um período de busca por autonomia e pertencimento, muitas vezes complexo devido a pressões sociais, culturais e digitais, com a neurociência mostrando que o cérebro continua amadurecendo até os 30 anos. (IA)

      No Brasil, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) estabelece que adolescente é o indivíduo entre 12 e 18 anos incompletos. Já o termo jovem costuma ser utilizado para designar a pessoa entre 15 e 29 anos, seguindo a tendência internacional. Assim, podem ser considerados jovens os adolescentes-jovens (entre 15 e 17 anos), os jovens-jovens (com idade entre os 18 e 24 anos) e os jovens adultos (faixa-etária dos 25 aos 29 anos).

      A inspiração para este tema, veio da análise da atuação do atual presidente da Câmara Federal, Hugo Mota, que nos parece um jovem sem experiência suficiente para o cargo, apesar da vivência de estar no quarto mandato de deputado federal, sendo o primeiro começado com 21 anos. Aos 36 anos assumiu cargo de presidente da Câmara dos deputados, numa articulação do antecessor, Arthur Lira, já maduro, raposa velha da política, com 50 anos de idade.

      Falando em idade, a Constituição Federal, fixa as seguintes, mínimas, para exercício dos diversos cargos: 35 anos para Presidente, Vice-Presidente e Senador; 30 anos para Governador e Vice-Governador; 21 anos para Deputados (Federal, Estadual, Distrital), Prefeito e Vice-Prefeito; e 18 anos para Vereador, sendo que a idade para a maioria dos cargos deve ser atingida na data da posse, exceto Vereador, que precisa ter 18 anos na data do registro da candidatura. Outro cargo muito importante, o de Ministro de STF, tem idade mínima 35 anos.

      Penso que em todos os casos, as idades estabelecidas estão muito abaixo do ideal, pois falta vivência e experiência, por exemplo, a um jovem de 18 anos para ser vereador, ou a um de 21 para ser deputado e assim por diante, para ser representante, mandatário dos eleitores, mas os casos mais graves são de 35 anos para Presidente da República e Vice, e Ministro do STF, cargos que exigem um amadurecimento e experiência de vida, muito maior, que dificilmente se atinge com esta idade.

Falo com a experiência de alguém que com 34 anos chegou ao cargo de Gerente do Banco do Brasil que, mal comparando, tem relação com o que dissemos anteriormente. Hoje sinto que me faltava amadurecimento para tão importante cargo.  Mas esta é uma questão que pode variar, e depende do nível de evolução de cada indivíduo, espiritualmente falando, pois a idade espiritual, que é a que importa,    refere-se ao nível de maturidade e evolução da Alma, não ao tempo cronológico, no corpo, sendo um conceito explorado por diversas doutrinas (Espírita, Cristã, etc.) como um percurso de aprendizado e crescimento, que vai da infância espiritual (iniciante) à perfeição, envolvendo fases como a via purgativa, iluminativa e unitiva.

        Estima-se que a humanidade (Homo sapiens) tem cerca de 200 mil a 300 mil anos, com evidências fósseis e genéticas apontando para o surgimento na África nesse período, embora nossa linhagem ancestral, o gênero Homo, seja muito mais antiga, com espécies como o Homo erectus existindo por quase 2 milhões de anos antes de nós. Portanto, podemos considerar que que estamos na adolescência, como seres humanos, e muito longe da experiência necessária para atingirmos a perfeição que nos fará aproximar do Criador e isto explicaria tantos crimes, e maldade.

      Que saiamos logo da adolescência espiritual, com vivência e convivência produtivas, e tenhamos experiência para elevarmos a Terra a um Mundo onde o bem salte aos olhos e a corrupção seja eliminada, pouco importando a idade dos políticos.

Akino Maringá, colaborador
Foto – Reprodução

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