
Pacientes das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) estão recorrendo a uma medida incomum para suportar o calor durante atendimentos e internações: levar ventiladores de casa. A situação foi denunciada pelo vereador Lemuel Rodrigues, em vídeo publicado nas redes sociais na noite do domingo, após receber diversas reclamações de pacientes.
Rodrigues visitou as UPAs Zona Norte e Zona Sul, o Hospital Municipal e o Pronto Atendimento à Criança (PAC). Em todas as unidades, encontrou aparelhos de ar-condicionado e ventiladores com defeito, o que obrigaria pacientes a improvisar com equipamentos trazidos de casa.
“Pacientes estão tendo que levar ventilador de casa para não passarem mal dentro das unidades de saúde”, afirmou o vereador. Ele ainda destacou que alguns pacientes chegaram a pedir encaminhamento para outros hospitais por falta de condições mínimas de atendimento. “O cenário é alarmante. Há falta de acessibilidade, equipamentos quebrados e ambientes completamente inadequados para quem busca atendimento de saúde”, disse Rodrigues, que prometeu fiscalizar a situação e cobrar providências.
A Prefeitura de Maringá informou que a empresa terceirizada responsável pela manutenção e limpeza dos aparelhos de ar-condicionado já foi notificada para realizar os reparos necessários. Além disso, cerca de 80 novos aparelhos de ar-condicionado estão sendo instalados nas unidades de saúde, e novos ventiladores também estão sendo adquiridos.
Em relação à acessibilidade, o município reforça que as UPAs atendem aos critérios estabelecidos pela legislação vigente. A Secretaria de Saúde ressaltou que o Pronto Atendimento à Criança no Hospital Municipal e a UPA Zona Norte no prédio do PAC funcionam como unidades transitórias, enquanto aguardam a conclusão das obras de reforma e ampliação da UPA Zona Norte, atrasadas há mais de um ano. Todas as medidas estão sendo definidas em conjunto com o Conselho Municipal de Saúde.
O período de calor extremo registrado na última semana também contribuiu para agravar a situação nas unidades, segundo alertas emitidos pela Defesa Civil do Paraná.
A vereadora Majo, questionada nos comentários da publicação sobre o caso, comentou que os problemas de manutenção não se restringem à saúde, mas afetam outras áreas, como, educação, esporte e assistência social. Para tentar agilizar a resolução de problemas como este, ela propôs a lei MEI Resolve, que permite o credenciamento de empreendedores individuais para serviços e pequenos reparos. Segundo a parlamentar, a medida visa reduzir o tempo de espera por manutenção e garantir atendimento de qualidade à população.
Majo ainda destacou que a atual situação é fruto de anos de falta de manutenção preventiva: “O maringaense merece respeito, e a manutenção preventiva é sempre o melhor caminho. Com a contratação de novos equipamentos e a reorganização dos serviços, esperamos melhorar a qualidade do atendimento nas unidades de saúde da cidade”.
Alexia Alves
Foto – Reprodução
