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Revoluções constitucionalistas

O dia 9 de julho, em de São Paulo, comemora-se a Revolução constitucionalista de 1932, que   foi a resposta  paulista ao autoritarismo  do golpe de 1930, por  Getúlio Vargas,  com efeitos, segundo muitos,   sentidos até hoje, mesmo que o patriotismo regional tenha diminuído.
       
Foi um confronto armado entre forças, majoritariamente paulistas, contra o governo  Vargas, marco fundador do Brasil moderno. O movimento nasceu que insatisfação,basicamente  pela perda do protagonismo político de São Paulo, que prevalecia até 1930 graças ao dinheiro do café,   em aliança com Minas Gerais, na chamada “política do café com leite.’’
       
Apesar da derrota militar, com morte de cerca de 1.000  revolucionários,  o lema “São Paulo livre e civil”  não morreu, abrindo caminho para que Getúlio Vargas convocasse a  Constituinte em 1934.
     
Podemos traçar um  paralelo entre 1932 e a situação que vivemos hoje, no Brasil? Corremos risco de uma nova Revolução constituicionalista?
     
O presidente Bolsonaro defende o armamento da população, dizendo que povo armado não será ‘escravizado’. Vive em ‘guerra’ com o STF, que deve ser o guardião da constituição, e  muitos dos seus apoiadores defendem o fechamento da corte.
     
Não seria isso um estímulo  a uma nova revolução ? Mais recentemente vem dando sinais que não aceitaria uma eventual derrota  para Lula.

 Sinais, fortes sinais, diria o eterno Candido Jose Maria Eymael. Eymael, digo, Ismael, o governador espiritual do Brasil ajudará  evitar o pior, acredito.
     
Ismael, segundo Carlos Campetti, foi citado no livro de Gêneses, da Bíblia, em seu capítulo 16, que conta a história de Saraí, esposa de Abraão, que pela  idade, seria estéril. Ela então pediu que sua escrava Hagar concebesse um filho para o marido e nasceu Ismael.

 Muitos anos mais tarde, Saraí inesperadamente também concebe um filho, Isaac, o que deixou a relação entre as duas mulheres conturbada. Saraí pediu que Abraão dispensasse Hagar e Ismael de seu convívio, porém o homem se compadece, afinal, era seu filho. Por isso, Abraão teria ido conversar com Deus, que o tranquilizou, afirmando que Ismael seria o líder de uma grande nação.

Ismael bíblico é considerado por estudiosos espíritas do assunto, como o mesmo descrito pelo Espírito Humberto de Campos no livro “Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho”. Hoje, Ismael  passou pelo processo de evolução, não tendo os mesmos caracteres psicológicos e morais de milênios atrás, como é a destinação natural do espírito.

 Humberto Campos relata que ele é, atualmente, um dos mais comprometidos trabalhadores do Cristo, mais consciente do seu papel, que na verdade se iniciara desde sua última encarnação no plano terrestre.

Em Coração do Mundo, Pátria do Evangelho é relatado que Ismael recebeu do próprio Jesus a incumbência, juntamente com uma plêiade de Espíritos de escol, de implantar a Terra nova,  estabelecer o Bem em nosso planeta, guiar a sociedade na senda do progresso moral, através do estabelecimento em definitivo do Evangelho, tendo o Brasil como ponto central de difusão da mensagem do Cristo.

Na obra, Humberto de Campos registra que a missão específica de Ismael para com o Brasil, assinalada por Jesus, seria implantar em nosso país o seu Evangelho e espalhá-lo daqui para o mundo. 

A própria formação do nosso povo, inicialmente pelos indígenas, mais simples de coração, depois com os africanos, sedentos da justiça divina, a expressão dos humildes e dos aflitos e europeus, que trouxeram os avanços do campo da ciência e outros conhecimentos, ainda que por caminhos tortuosos, seria um passo importante para formação da alma coletiva do nosso povo e a concretização do caminho espiritual planejado para o Brasil, que não  permite mais revoluções armadas entre compatriotas.

Que nenhum ser imperfeito, humano como nós, provoque rompimento constituicional, para ter o  poder temporal entre os homens. Ismael é um espírito maior, ‘Assessor direto de Jesus’.

Akino Maringá, colaborador
Foto – Reprodução

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