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Carma coletivo do Brasil

Às vezes brinco,quando alguém se exalta contra Lula ou Bolsonaro, dentre os quais teremos que escolher um, usando a frase: Carma (como diria o caipira), pode ser ‘karma’, querendo dizer que o Brasil pode ter um carma e só isso justificaria tal ‘ castigo’

Karma, ou carma é uma palavra do sânscrito (antiga língua sagrada indiana) que significa ação ou ato deliberado. Um termo da religião budista, hinduísta e jainista, adotado posteriormente pelo espiritismo. As duas formas de escrever estão corretas.

Assim como cada de um de nós tem o seu carma, os grandes grupos de espíritos, que formam os países, por exemplo, têm o seu carma coletivo.

Diferente de outras nações que tiveram em uma história o envolvimento com a inquisição , guerras, colonialismo etc., o Brasil é hoje um país livre de um carma coletivo.

Os episódios lamentáveis que ocorreram durante a colonização portuguesa, como o massacre e escravidão dos índios e posteriormente a utilização da mão de obra escrava com os negros trazidos da África não criou um carma para a nação brasileira e sim para o império português, embora isto não tenha isentado do carma individual todos aqueles que direta ou indiretamente contribuíram para a exploração dos escravos e matança de índios

O período de 300 anos de escravidão no Brasil foi longo (1550 – 1888) e D. Pedro II (reinado de 1840-1889) agiu dentro das possibilidades da época para a sua atenuação, desde a alforria de vários cativos através de seus próprios recursos e apoio a várias leis visando erradicar a escravidão (proibição deste comércio transatlântico; Lei do Ventre Livre; Lei dos Sexagenários). O imperador aguardava o momento propício para a sua abolição a fim de evitar um conflito doméstico conforme havia ocorrido nos EUA com a abolição da escravatura que resultou em uma guerra civil (1861-1865) com um milhão de mortos.

De acordo com Divaldo Franco, o único conflito que criou sério débito espiritual para a nação brasileira foi na guerra contra o Paraguai (1864-1870). Mas o D. Pedro II teve de responder a uma invasão de nossa nação pelo ditador daquele país. Entretanto, os excessos ocorridos por parte do Brasil criaram um carma coletivo para ao nosso país, que segundo Divaldo só foi “quitado” pela construção da represa de Itaipu.

A construção da nação brasileira obedece a uma determinação da espiritualidade superior com o objetivo de difundir o Espiritismo no mundo. Informa-nos o espírito Humberto de Campos (Brasil Coração do Mundo e pátria do Evangelho, médium Chico Xavier) que no final do século XIV Jesus verificou a dificuldade de cristianizar a Europa devido à belicosidade daquela região e buscou outro local para ser o foco de espiritualização para todo planeta. Escolheu a região banhada pelas luzes do símbolo da redenção (Cruzeiro do Sul) para transplantar da Palestina a árvore de seu evangelho.

Portugal foi o país escolhido para colonizar o Brasil e a vinda dos negros africanos foi importante para a formação da “raça brasileira” (branco europeu – índio – negro africano). Mas se existe injustiça, não existem injustiçados, pois os primeiros escravos que chegaram ao Brasil eram espíritos que em reencarnações pregressas foram senhores feudais, das cruzadas, inquisidores etc., que conseguiram se redimir dos crimes que haviam praticado através da expiação dolorosa na escravidão.

Devemos então agradecer a oportunidade de termos reencarnado no Brasil, pois o pais tem a missão de cristianizar. É a Terra da Promissão, de todos, da fraternidade. A Terra de Jesus, do Evangelho.

Que possamos cumprir com os compromissos previamente assumidos na erraticidade, contribuindo para a cristianização de nossa humanidade, a partir do nosso país.

Não promovamos separações entre brasileiros do nordeste, discriminados e ofendidos por parte de alguns do sul e outras regiões, por escolha de candidato diferente. Isso não é cristianismo.

Akino Maringá, colaborador
Foto – Reprodução

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