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Balanço de 2023 e ano novo

Para a maioria das empresas, o ano fiscal termina em 31 de dezembro, quando é feito o balanço de apuração de lucro ou prejuízo e o mesmo acontece com as pessoas físicas, para efeito de declaração de imposto de renda.

      Aqui queremos fazer, se não um balanço completo, pelo menos um ‘balancete’, do que foi 2023 para o Brasil, começando por dizer que o ano  teve início  com a mesma tensão do  anterior, especialmente após a eleição presidencial, quando tomou corpo um movimento que vinha sendo anunciado, visando uma ruptura institucional, no popular, um golpe de estado, que permitisse a continuidade do governo Bolsonaro. Não foi por outra razão que houve manifestações constantes defronte unidades militares, ao que parece estimuladas pelo núcleo do duro do governo do ex presidente.

      Quando este viajou para os EUA, antes do término do mandato, tivemos a sensação de que a tentativa de golpe estava descartada e o discurso do General Mourão, na passagem no ano,  reforçou essa percepção.

 Mas o pior viria a acontecer no dia 08 de janeiro, com a aparente facilitação das forças policiais do DF, que quando agiram em pouco tempo debelaram a tentativa de insurreição de um pequeno e desorganizado grupo de pessoas, alguns ‘inocentes úteis’, que foram enganados com a promessa que seria fácil derrubar o governo recém empossado.

      O tirou saiu pela culatra, pois as instituições se uniram como nunca, e as prisões e punições duras, certamente desestimularam novas ‘aventuras golpistas’, e no restante do ano as manifestações foram tímidas exceto por poucos radicais, e por redes sociais.

      E o governo Lula, neste ano? Para os petistas foi excelente, para bolsonaristas péssimo. Vendo a opinião de especialista, a grande maioria aponta melhoras na economia, nas relações externas, no trato com a imprensa e com o congresso.

      Falando no congresso, a dependência do centrão e do presidente da câmara, Arthur Lira, continuou, mas hoje não é tão grande como foi no governo Bolsonaro, que praticamente fez de Lira um primeiro ministro, quando sentiu que ele poderia colocar em votação centenas de pedidos de impeachment, muitos com denúncias que numa análise séria poderiam levar à cassação do mandato. Bastou, agora,  uma chegada mais firme da PF, apurando supostos mal feitos do alagoano e ele sentiu que não tem o comando total, para eventual postura chantagista, com Lula. Pena que as apurações foram paralisadas pelo STF.

      Mas continuaram as exigências de liberação de emendas e  cargos para se votar matérias de interesse, como aprovação do arcabouço fiscal e a no apagar nas luzes do ano, a reforma que vinha sendo tentada há mais de 30 anos. Reforma tributária  que foi alvo de críticas, muitas descabidas, segundo economistas independentes.

 É possível que a corrupção, que grassou com o orçamento secreto, esteja acontecendo ou vá acontecer, mas é provável que os corruptos tenham um pouco mais de cuidado, para não serem apanhados, o que era praticamente impossível com a inoperância que parecia proposital da PF e PGR, no governo passado.

      Enfim, diria eu, que  o balanço, se não foi o desejado, pois poderia ser melhor, foi o possível, e supera  o de 2022.

      E para cada um dos brasileiros? Muita gente ainda passou fome, o que é inadmissível num pais com tantas riquezas, mas se percebe avanços .  E para concluir, deixamos uma mensagem do Momento Espírita, para o Ano Novo:

Um Novo Ano vai se iniciar. É momento  de estabelecermos objetivos, traçarmos metas, renovarmos propósitos. Quantas são as alegrias, os motivos para estarmos gratos, as razões para comemorarmos? Quantos são os arrependimentos?

Todos os rostos que diariamente fitamos são espelhos a refletir nossos sentimentos, nossas perspectivas de vida, nossos valores, crenças e esperanças. Por um instante, prestemos atenção, os contemplemos: O que enxergamos? Que imagens veremos neles?

 Um ano só é realmente novo quando nos renovamos, tornando-nos novos também. Novos para melhor.

Akino Maringá, colaborador
Foto – Reprodução

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