Início Maringá Cirurgia feita no HUM beneficia pacientes com perda auditiva severa

Cirurgia feita no HUM beneficia pacientes com perda auditiva severa

O Hospital Universitário Regional de Maringá (HUM) é o único hospital do interior do Paraná que faz pelo Sistema Único de Saúde (SUS) o implante coclear, um dispositivo de alta tecnologia usado na reabilitação da surdez, que beneficia pacientes de todas as idades das 115 cidades que pertencem a macrorregião Noroeste. O HUM é habilitado para realizar dois procedimentos por mês.

O médico Jeferson Mendonça, responsável pela cirurgia e professor da Universidade Estadual de Maringá (UEM) diz que o processo para implantação deste serviço no HUM envolveu algumas etapas, sendo a primeira delas o credenciamento pelo Ministério da Saúde, com base em uma portaria com várias exigências que deveriam ser cumpridas. “Fomos pleiteando os equipamentos através de projetos e fizemos um convênio com o Instituto da Audição que é uma clínica particular. Isso possibilitou termos profissionais fonoaudiólogos e equipamentos de audiologia de modo mais rápido.”

Ainda de acordo com ele, o implante coclear é um procedimento complexo desde o diagnóstico, pois deve ser bem detalhado para ter certeza que o paciente tem uma perda de audição muito severa. “Ainda nesta fase são necessários exames de imagem para verificar se a anatomia da pessoa é viável para o procedimento. Uma vez confirmando a indicação, é realizada uma cirurgia que implante um dispositivo eletrônico no crânio do paciente. Este tem um feixe de eletrodos que é inserido na cóclea, parte interna do ouvido de onde parte o nervo auditivo e que não funciona mais nestes pacientes”, afirma.

“O feixe de eletrodos tem a intenção de aproximar-se do nervo auditivo, pois o princípio de funcionamento do implante é a estimulação direta deste. Para isso o paciente usa um dispositivo externo chamado ‘processador de fala’, que capta o som por meio de um microfone, transforma em sinais elétricos e passa essas informações ao dispositivo interno através de uma antena coaptada à pele por um imã. Assim, dispositivo interno estimula o nervo e o paciente tem a sensação auditiva”, conclui Mendonça.

 A cirurgia dura por volta de três horas e geralmente o paciente recebe alta no dia seguinte. A orientação é ter um repouso relativo no decorrer da primeira semana. Pouco tempo depois é feita uma consulta de retorno com o médico para constatar a boa evolução do procedimento e a partir disso o paciente é acompanhado pela equipe de fonoaudiólogos, sendo uma das fases mais importantes do tratamento.

Da Redação
Foto – Reprodução

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