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O que fazer quando não acreditamos em nós mesmos?

Esta não é uma pergunta fácil de responder. E não é fácil porque se trata de algo muito particular. E não existe receita para mudar uma crença a respeito de si mesmo(a).

A escritora e pesquisadora Carol Dweck, no livro “Mindset” – um livro que se tornou moda entre palestrantes, youtubers e, frequentemente, é citado em podcasts – ressalta o seguinte:

“A opinião que você adota a respeito de si mesmo afeta profundamente a maneira pela qual você leva sua vida. Ela pode decidir se você se tornará a pessoa que deseja ser e se realizará aquilo que é importante para você.”

O que a autora diz, em resumo, é o seguinte: primeiro, possuímos um conjunto de crenças pessoais. E entre as crenças que possuímos, existem algumas que dizem respeito a nós mesmos. Ou seja, são ideias que possuímos a nosso respeito. Eu tenho uma imagem de mim mesmo. Você tem uma imagem a seu respeito. E esta imagem – ou opinião -, afeta nossas ações. As nossas atitudes são respostas da opinião que temos a nosso respeito.

Por exemplo, se você acredita que é capaz de aprender a pintar, vai buscar as técnicas adequadas, vai se esforçar, vai dar o seu melhor e vai aprender – é provável que não se torne um Picasso, mas poderá produzir algumas telas, ainda que apenas por diversão. Por outro lado, se acha que pintura não é algo pra você, você vai ficar exatamente no lugar onde – não vai aprender nada e nunca vai pintar nada.

Noutras palavras, agimos a partir da opinião que temos a nosso respeito.

Quantas pessoas passam a vida sonhando em abrir o próprio negócio e, por ter a opinião de que não terão sucesso, nunca começam?

Por isso, a pesquisadora Carol Dweck conclui que a opinião que tem a respeito de si mesmo, pode decidir se você se tornará a pessoa que deseja ser e se realizará aquilo que sonha.

É justamente por isso que não é fácil responder a pergunta que aparece no título deste texto. A questão está no campo das crenças, da opinião que uma pessoa tem a respeito de si mesma. Ou seja, quando alguém duvida de sua capacidade, deixa de agir, não se esforça, não dá o melhor de si.

Então, para quem vive tal situação (tem dúvidas sobre si mesmo), deixo algumas dicas rápidas.

Primeira, use a técnica DCD do escritor e psiquiatra Augusto Cury. Coloque em dúvida a opinião que você tem a respeito de si mesmo, critique essa crença que possui e declare que você é capaz de aprender quase tudo, com esforço.

Ou seja, comece um processo de diálogo interior; você vai confrontar o medo, vai criticar as ideias que tem de si mesmo. Por que você trava? O que te faz pensar que não é capaz?

Segunda, a partir das respostas que encontrar para essas e outras perguntas que fará a respeito de si, mostre para você mesmo que essas crenças não fazem sentido.

Um exemplo: se você acha que falar em público é difícil por causa das pessoas que estarão ali assistindo, afirme para si mesmo: – eu me preparei, eu organizei as ideias e, se eu errar, o que vai acontecer? Serei apedrejado? Não. Algumas pessoas podem rir de mim? Podem. Mas e daí, o que eu perco com isso?

Por fim, lembre-se que toda a primeira vez é ruim. Às vezes, desastrosa. Só ficamos habilidosos com o tempo, com a repetição. Porém, sem a primeira vez, não tem segunda, terceira…

Então aceite o desastre. Ria de si mesmo, se der errado. E faça de novo, sabendo que o pior já passou.

Geralmente, travamos diante de situações que são novas, porque não acreditamos em nossa capacidade e também em função do medo do que os outros vão pensar. Porém, sejamos sinceros: todo mundo está ocupado demais com seus problemas. As pessoas podem rir de nós, falar a nosso respeito, mas só somos alvos dos outros quando estamos nos movimentando, quando estamos tentando fazer a diferença.

Ronaldo Nezo
Comunicador Social
Especialista em Psicopedagogia
Mestre em Letras |  Doutor em Educação

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