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Dinheiro e a liberdade de viver melhor

Sabe aquela frase que a gente repete? “Dinheiro não traz felicidade.” É verdade. Mas a falta dele, ou a má administração dele, pode tirar a nossa paz. E pode, sim, dificultar muito a sua felicidade.

Pense comigo. Quantos problemas de relacionamento você conhece que nasceram ou pioraram por causa de dinheiro? Discussões constantes, contas que não fecham, sonhos que viram frustração. O estresse financeiro vira uma sombra que atrapalha o diálogo, o carinho, a parceria. A relação azeda, não é mesmo?

E a saúde? A preocupação com as finanças pode levar a um nível de estresse tão alto que afeta o corpo. Dores de cabeça, insônia, ansiedade, até problemas mais sérios. Não ter dinheiro para uma consulta, para um remédio, para uma alimentação de qualidade… tudo isso cobra um preço na saúde.

No trabalho, a falta de controle financeiro pode manter preso a um emprego que a pessoa não gosta. O profissional não consegue se arriscar, planejar uma transição, buscar algo que o realize mais. No lazer, que deveria ser um momento de descanso e diversão, o dinheiro vira um limitador. Fazer uma viagem simples, sair pra comer algo diferente, ou até comprar um livro… tudo parece distante.

Até a espiritualidade pode sentir o peso. A preocupação constante com as contas consome a energia, rouba o foco, dificulta a gratidão, a tranquilidade para se conectar com aquilo que é maior que nós. Percebe como o dinheiro, ou a forma como a gente lida com ele, tem um poder imenso de potencializar problemas em todas essas áreas?

E a verdade é que muita gente enfrenta essas dificuldades financeiras não por ganhar pouco, mas por não saber lidar bem com o que ganha. A gente não aprende sobre dinheiro na escola, nas conversas de família. Crescemos em uma cultura que nos empurra para o consumo rápido, para a gratificação instantânea. Comprar hoje, parcelar sem pensar, e aí o dinheiro acaba antes do mês. É um ciclo que aprisiona.
Mas a boa notícia é que dá para quebrar esse ciclo. O planejamento financeiro não é pra cortar tudo da sua vida. É pra te dar controle. É pra você saber para onde seu dinheiro está indo, e para onde ele pode ir para construir a vida que você sonha. É um verdadeiro ato de autocuidado.
Então, como agir? Por onde começar?

Primeiro, conheça a sua realidade: O primeiro passo é o mais simples e, às vezes, o mais doloroso: saber quanto entra e quanto sai. Anote tudo. Cada cafezinho, cada conta. Use um caderno, um aplicativo, uma planilha. Sem isso, você está no escuro.

Segundo, defina seus objetivos: Dinheiro é ferramenta. Para que ele serve na sua vida? Para pagar uma dívida, uma viagem? Para comprar a casa própria, ter uma reserva de emergência? Ter objetivos claros dá propósito a cada centavo que você guarda.

Terceiro, priorize pagar dívidas (com estratégia): Se você tem dívidas, principalmente as de juros altos, como cartão de crédito e cheque especial, busque renegociar. Comece pelas menores para ganhar fôlego, ou pelas que têm os juros mais abusivos.

Quarto, crie sua reserva de emergência: Isso é fundamental. Tenha um valor guardado para imprevistos – um carro que quebra, um problema de saúde, a perda do emprego. Essa reserva te dá paz e evita que você se endivide de novo. Comece com pouco, o importante é começar.
Quinto, busque conhecimento: Existem muitos livros, podcasts, vídeos e cursos simples e gratuitos sobre educação financeira. Quanto mais você sabe, mais poder você tem.

Por fim, tenha paciência e persistência: Ninguém muda a vida financeira do dia para a noite. É uma jornada. Pequenos passos, consistentes, ao longo do tempo, geram grandes resultados.


Ronaldo Nezo
Comunicador Social
Especialista em Psicopedagogia
Mestre em Letras |  Doutor em Educação

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