
Pensa em duas pessoas. A primeira vive no “deixa a vida me levar”. Ela não tem muita certeza do que quer, vai para onde o vento sopra, e passa horas rolando a tela do celular sem muito rumo. A segunda pessoa tem um olhar focado. Ela sabe para onde está indo. Cada passo parece ter um propósito. Qual é a diferença fundamental entre as duas? Não é talento, não é sorte. É uma única coisa: o poder da decisão.
O escritor e psicólogo Benjamin Hardy, no seu livro sobre força de vontade, descreve a maioria das pessoas de uma forma muito precisa. Ele diz que são como um navio sem leme e sem vela. Vão para onde a vida as leva. Sua evolução é aleatória e inconsciente. Seus comportamentos são reativos.
Esse é o jeito de viver de muita gente – uma vida de reações, e não de ações. A gente reage ao que aparece na tela do celular, reage à opinião dos outros, reage aos problemas que surgem. Mas raramente agimos de forma deliberada, com um plano, com um destino em mente.
E qual é a consequência disso? Uma névoa mental constante. Uma sensação de insegurança, de falta de confiança, de não ter certeza de nada. A gente gasta uma energia brutal pensando em mil opções, mas não se compromete de verdade com nenhuma.
E é por isso que Benjamin Hardy apresenta o “antídoto”. Ele diz: se você quer estabelecer um caminho novo em sua vida, precisa tomar uma decisão poderosa e definitiva.
Mas o que é uma “decisão poderosa”? Não é só dizer “eu quero”. Uma decisão poderosa é aquela que eleva os riscos. É quando você se compromete de fato. E isso só acontece quando deixa a posição cômoda, confortável de “ah… se não der certo, tudo bem; a gente desiste e faz outra coisa”.
Uma decisão poderosa é aquela que te obriga a mudar o seu ambiente, a se afastar de certas distrações, a se cercar de pessoas com o mesmo objetivo. A decisão cria as condições para o seu sucesso. E, principalmente, uma decisão poderosa é aquela que muda a sua identidade. Você para de ser “alguém que gostaria de emagrecer” e passa a ser “alguém que é saudável e que não come mais aquilo que não te faz bem”. A decisão precede e molda a nova identidade.
Quando você toma uma decisão desse calibre, algo incrível acontece. Como diz Benjamin Hardy: quando decide e se compromete com a decisão, “toda a névoa mental se dissipa. Você obtém clareza em relação ao que está fazendo e sabe por quê. Você para de pensar sobre outras opções que estão disponíveis”.
A sua pergunta interna deixa de ser “será que eu faço?” e passa a ser “como eu faço?”. A energia que antes era gasta com a dúvida, agora é 100% canalizada para a ação, para a solução, para a construção.
Então, meu convite para você hoje é para fazer um autoexame. Em qual área da sua vida você está sendo um “navio sem vela”? No trabalho? Nos relacionamentos? Na sua saúde?
Qual é a decisão poderosa e definitiva que você está adiando, esperando um “momento certo” que nunca chega? Pode ser a decisão de se matricular naquele curso. A de ter aquela conversa difícil. A de procurar ajuda profissional. A de apagar de vez os aplicativos de aposta do celular.
Pegou a ideia?
A sua vida não vai mudar por acaso. Ela vai mudar por decisão. Pare de esperar que o vento te leve para um porto seguro. Assuma o leme. Levante as velas. E tome uma decisão que te coloque no controle da sua própria jornada.
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Ronaldo Nezo
Comunicador Social
Especialista em Psicopedagogia
Mestre em Letras | Doutor em Educação
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