A Polícia Federal de São Paulo investiga a movimentação de, pelo menos, R$ 700 milhões em lavagem de dinheiro do tráfico de drogas e da corrupção. Segundo a instituição, que está nas ruas para cumprir mandados de busca e apreensão por meio da operação Tempestade, o núcleo financeiro identificado atuava entregando o dinheiro em espécie a integrantes da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital).
Os dados de movimentação apontados pela PF foram obtidos pelo Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras). Os agentes tentam cumprir cinco mandados de prisão (quatro temporários e uma preventiva), além de 22 de busca e apreensão em São Paulo (capital, Tietê e Guarujá), Rio de Janeiro e Brasília. Os alvos são um escritórios de advocacia, contabilidade, empresas e residências.
Além da interdição de atividade de um contador, ressaltando que as buscas são cumpridas em residências, empresas e dois escritórios de advocacia.
Conforme a PF, a asfixia financeira do grupo criminoso possibilitou a identificação, localização e apreensão de valores no valor aproximado de R$ 30 milhões, por meio de imóveis, veículos e interdição de seis empresas. Além disso, foi feito o bloqueio de valores em contas de pessoas físicas e jurídicas no limite de R$ 225.778.732,31 .
“A investigação apontou ainda um esquema de abertura de empresas fictícias, que eram utilizadas como “cortina de fumaça” para a realização de depósitos de valores em uma instituição financeira de “fachada”, cujo papel no esquema era providenciar os saques dos valores e posterior entrega, em espécie, a terceiros com indícios de envolvimento em atividades ilícitas”, diz nota da PF.
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