O documentário detalha o episódio dos assassinatos da empresária e do irmão dela, executados a mando do marido, que planejava ficar com a empresa da família.
O caso dos irmãos Barão, ocorrido em Maringá há 43 anos, teve repercussão nacional. Odete foi estrangulada e jogada com o seu carro numa ribanceira do Bosque 2, um ano depois do seu irmão Zezé Barão ser executado com vários tiros na frente dela. Já no início das investigações do segundo crime, a Polícia Civil de Maringá descobriu o mandante. Airton Xenofonte Duarte, marido de Odete, contratou matadores profissionais para dar cabo, primeiro do cunhado e depois, da esposa. No caso de Odete, o planejamento feito por Ayrton e os executores do crime era de simular um acidente de carro, como forma de evitar que os dois homicídios tivessem relação um com o outro, facilitando o trabalho de investigação da Polícia.
Não demorou muito tempo e as investigações, comandadas pelo então delegado Vicente Gonçalves, chegaram aos criminosos. O principal deles, identificado como Anísio, preso no Mato Grosso, acabou delatando quem o contratou. Foi a aí que a Polícia Civil chegou até Ayrton, que diante da acareação com o pistoleiro acabou confessando. Condenado a vários anos de cadeia, Xenofonte cumpriu um terço da pena, beneficiado pelo bom comportamento na Penitenciária Central do Paraná, em Curitiba. Consta que ele comandava a Biscoitos Barão de dentro do presídio.
Após as prisões, a Polícia chegou ao mandante Airton Xenofonte Duarte, de 32 anos, preso em novembro de 1982. Ele confessou o crime e disse ter contratado pistoleiros para matar o cunhado e a esposa, porque essa seria a maneira de se apoderar da Biscoitos Barão, na época uma das maiores empresas do ramo na região Norte do Paraná. Airton foi condenado, cumpriu pena em Curitiba, onde foi assassinado após sair da cadeia por um homem com quem tinha relações comerciais.
Redação JP
Foto – Maringá Histórica
