09.12.2008 |
Sivamar aposta que as vendas de Natal poderão crescer 8% |
De acordo com informações do Sindicato dos Lojistas do Comércio e do Comércio Varejista de Maringá e Região (Sivamar), a tendência, para o Natal deste ano, é que as vendas no comércio maringaense aumente 8,5%. Esse dado foi revelado durante uma pesquisa feita pelo economista Joilson Dias, da Universidade Estadual de Maringá (UEM), para o Conselho de Desenvolvimento Econômico de Maringá (Codem).
Segundo o presidente do Sivamar, Amauri Donadon Leal, desde o início do ano até agora foram criados cerca de 12 mil empregos formais. “São trabalhadores que tem carteira assinada, irão receber o 13º salário e, com certeza, terão de consumir.”
Leal conta que a previsão é de que as vendas cresçam 5% no Paraná. “Esse índice foi divulgado pela federação do comércio e Maringá é considerada o segundo maior polo de comércio do Paraná, ficando na frente de Londrina.”
O presidente explica que, mesmo com a crise, o consumidor não deixará de comprar. “De qualquer forma as pessoas gostam de presentear, os parentes, os filhos, o namorado, o marido, pelo menos com uma lembrança.”
Outro ponto que Leal ressalta é que os lojistas não estão repassando, aos consumidores, o valor real que o dólar atingiu ultimamente. “Se o lojista comprou uma mercadoria com o dólar a R$1,70, por exemplo, e agora o dólar está R$2,30, essa diferença não está sendo repassada ao consumidor. Dessa forma, acredito que os empresários estão ágeis, trabalhando com um lucro menor, mas com maior giro de mercadorias.”
Leal explica o caso das compras no Paraguai. “Para nós é bom que o comércio no Paraguai tenha esfriado um pouco devido ao alto preço do dólar, assim, em Maringá, os consumidores terão a oportunidade de limpar as prateleiras e, o empresário, poderá ganhar a fidelidade do cliente para 2009.”
Pelo motivo da crise, de acordo com o presidente, o consumidor vai fazer mais pesquisas antes de comprar determinado produto. “Na época do Natal, principalmente as crianças, elas não conseguem esperar e vão querer ganhar presentes.”
Em Maringá, foram criados 850 empregos temporários para atender a demanda do comércio. “A recomendação é que o consumidor antecipe as compras e não deixar para a última hora. As pessoas devem aproveitar que os vendedores estão com mais tempo para atender de forma correta o cliente e este tem a possibilidade de entrar tudo o que precisa. Quem chega na frente, poderá até encontrar preços mais acessíveis”, diz Leal.
Já o diretor da Coordenadoria Municipal de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon), Valdir Pignata, revela que o consumidor está mais cauteloso. “Em qualquer compra, é preciso que o consumidor exija do vendedor a nota fiscal e o certificado de garantia, somente assim, o mesmo terá condições de, mais tarde, exigir os seus direitos.”
Pignata solicita que cada um verifique a qualidade do produto que está comprando. “Devemos pensar na relação custo/benefício, ou seja, comprar algo que está realmente precisando, com boa qualidade e vantagem no preço. Por isso, é necessário que o cliente peça sempre desconto.”
Para o diretor, no momento, é mais vantajoso o pagamento à vista. “Pagando em dinheiro, o consumidor pode exigir mais desconto. Devemos ter cautela nas compras a prazo e no elevado número de parcelas. Podemos citar como exemplo a compra de uma geladeira à prazo. Se levarmos em consideração, no final vamos pagar o valor de dois produtos.”
Pignata alerta que se o consumidor não tem dinheiro para pagar uma mercadoria à vista, o recomendável é poupar e comprar somente quando puder pagar em dinheiro.
Fabiane Giandotti |
|